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A humildade é nossa maior virtude

Os rótulos nos cegam.

Nós não conhecemos as pessoas. Preferimos os rótulos. Vivemos generalizando. Nos falta informação sobre contextos e sobre os seres humanos que vivemos julgando.

Reflita comigo, quantas pessoas você conhece profundamente ou minimamente para poder julgá-las? Quantas vezes buscou entender o sentido dos atos de alguém e refletiu sobre a conduta diante do que a pessoa passou?

Todos os dias, os seres humanos a nossa volta fazem parte da nossa pauta. Adoramos o exercício do clube da maledicência. Eles, os outros, são o nosso objeto de crítica.

A régua do bem e do mal.

Traçamos medidas sobre as pessoas, as considerando boas ou ruins, dignas ou indignas, confiáveis ou inconfiáveis, enfim, somos os juízes da humanidade.

Como se estivéssemos sentados no topo do mundo e de lá pudéssemos olhar os reles mortais que habitam o chão e que se quer podem chegar à categoria de dignidade de nosso dedão do pé.

Desejamos o poder do ser humano que observa o movimento das formigas ao chão e por um prazer e poder e pisa, extermina, quando considera necessário ou o desejo lhe impele.

Quem somos nós para isso?

Se tivéssemos o mínimo de dignidade, antes de apontar o dedo, olharíamos para nós e refletiríamos se não merecemos a mesma condenação que estamos lançando sobre os outros.

Pascal e a fragilidade digna do ser humano.

Para ajudá-lo a refletir sobre isso, vou lhe argumentar sobre um pensador chamado Blaise Pascal, ele viveu no começo do Século XVII e considerava que temos que diferenciar o ser civilizado do ser ético. Mais que isso, considerar que o ser humano diante do Universo é frágil. Ele considerava um graveto de bambu, frágil, que se quebra com o menor esforço.

Porém, Pascal considerava que a grande diferença do ser humano ante os demais elementos do Universo, e o qual o fazia ter valor, era a consciência do quanto era pequeno e temporal. Isso o tornava grande.

Para ele, a natureza, o Universo, era imenso e muito mais forte, mas não era capaz de ter ciência de quem é.

Nós deveríamos ter mais consciência de nossas fragilidades, somente assim, nos tornaremos grandes. Capazes de ter valor e agir de maneira ética.

Logo, o caminho de se ter valor é saber dos valores que os outros tem e ter consciência do qual frágil nós somos.

 

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