Há falta!

Quanta dificuldade se passa neste país. São imensas as questões que envolvem as desigualdades e carências da população de baixa renda. Há uma parcela da população que vive na linha da pobreza, por mais que ela tenha diminuído nos últimos anos, 13,7 milhões de brasileiros ainda estão lá.

Sim há faltas para muitos, e elas podem ser decisivas para decretar o futuro das pessoas. Oportunidade é algo que se busca, falta de condições econômicas pode ser um limitador para um futuro melhor, por exemplo.

Quem tem carências terá impedimentos, sem dúvida. Mesmo que oportunidades se construa, fica mais difícil dependendo de onde se está e das carências que tem.

Quanto talento se desperdiça com a falta de oportunidades. Imagine, quantas pessoas e soluções ficam pelo caminho porque não vamos jamais conhecê-los por causa das limitações.

Mas, o excesso, ele também é letal?

E o excesso?

Agora, o excesso de oportunidades também mata? Sim, há quem vá chegar a lugar algum tem um número grande de possibilidades, inclusive de ir para muitos lugares, ser muitas coisas.

Ironicamente, o ambiente que muito possibilita embriaga. Como se a quantidade de oportunidades afoga o que deve fazer a escolha. A facilidade em poder enfraquece o sentido de quem pode.

Pode-se ficar estático e não saber o que se fazer diante de um “mar” de oportunidades. Ainda mais quando o ambiente onde vive o excessivo lhe mostra que não há por que se preocupar com o futuro. Uma sensação de que tudo já está garantido. Mal ele percebe que suas limitações são um risco.

O que faz da oportunidade uma condição possível é o ser humano ser capaz de reconhecer o seu significado. Saber o que se deve fazer e desejar fazer são decisões sustentadas em um sentido de viver. Logo, tem-se que transformar em ação a vontade.

Para que usar a potência que temos? Esta é a pergunta que se deve responder antes de qualquer coisa. Não basta ter potência, deve-se dar direção a ela. Força não resolve, é preciso saber usá-la. Os excessivos parecem ter dificuldade com isso.