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Municípios de grande porte no Paraná comemoram superávit. O governo do Estado também. Só para se ter uma ideia, o segundo quadrimestre deste ano fechou com saldo positivo de R$ 666,99 milhões. Notícia boa, mas por detrás dela pode existir um temor.
O número de paranaenses subsidiados pelo governo federal é maior do que o número de pessoas com carteira assinada. Enquanto que os registrados são 3,2 milhões, os subsidiados são 3,8 milhões. Logo, podemos ter uma economia que apresenta bons números sustentada no auxílio emergencial.
Não por acaso, o setor de supermercados teve parte considerável de seus consumidores da classe C, a que mais recebeu subsídios do poder público federal. Em outras atividades, como micro e pequenas empresas o auxílio é fundamental para vender e manter as empresas em funcionamento. Parte considerável da mão de obra do Estado está mantida por recursos do poder público.
Quando este auxílio acabar as empresas vão se manter? A perspectiva do Governo do Paraná é de que 2021 terá um grande número de empresas indo a falência, a razão de 1 para cada 4. Logo, a economia e o superávit pode não se sustentar o ano que vem. Tudo irá depender de como as economias irão se recuperar e quais as medida que podem fazer com que os empreendimentos enfrentam o fim do subsídio público.
Uma revisão na carga tributária e nas dívidas de impostos que as micro e pequenas empresas tem seria uma solução importante. Mais do que dar dinheiro aos trabalhadores. O que foi importante neste momento de crise imediata, deve ser trocado por ações mais específicas sobre a manutenção da viabilidade dos negócios.
Logo, a retomada da economia necessita de ações de consolidação dos negócios e a possibilidade de mantermos as forças de trabalho ativas e sendo absorvidas pelo mercado. Este país já viveu muito de maquiagem. Uma economia subsidiada não representa saúde, sim dependência que gera inércia e atrofia as forças produtivas ao longo do tempo.
Precisamos de medidas mais assertivas do que eleitoreiras. Dar dinheiro traz uma impressão de salvação. Engano, isto é condenação a dependência que faz da acomodação uma areia movediça que irá nos engolir aos poucos.
Garantir a manutenção das atividades econômicas é consolidar as empresas para gerar empregos estáveis e rentabilidade para os empreendimentos. Isto é um governo que está voltado para o mercado e que implantar uma economia fundada na eficiência produtiva.
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