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Inventamos as passagens de ano. Elas geram marcos para que possamos contar o tempo e organizar o pensamento. Fazer “balanços” sobre o que foi feito. O fim é maravilhoso por isso. Saber que há um certo tempo para tudo. Nada pode ser para sempre.
Mas, e, porém, se vivêssemos para sempre, como seria? Para alguns a possibilidade da eternidade é e seria um alívio, um desejo que alguns buscam desesperadamente. Quantos fazem o que podem e fariam o que pudessem para viver para sempre, ou máximo de tempo possível, nesta vida.
A passagem do ano nos faz somar na conta do tempo os anos que já passamos. Acumulativo, a soma que não se pode parar. Logo, quem busca a eternidade confirma diariamente o quanto a finitude é uma realidade.
2022 está aí, chegando na esquina da agonia, vai acabar. Mas, nada é se não uma simbologia necessária para nos dar o alerta de que somos cientes e conscientes de que nosso tempo está contado. Lembrança necessária para dar um significado ao tempo que passamos boa parte contanto as satisfações dos minutos, sem olhar, por comodidade, medo, covardia e resistência de entender que há um fim.
Mas, e, que bom ou mau, há um ano que vem. Com ou sem nós, haverá um ano que vem. Independente de quanto contarmos ou se deixarmos de fazê-lo, haverá uma eternidade, com ou sem nós. Logo, saiba viver seu tempo, independente do quanto dure e deixe no futuro algo que seja eterno. Assim, não morrerás jamais.
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