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O rádio faz 100 anos. Em 7 de setembro de 1922, Roquete Pinto fez a primeira transmissão de rádio no Brasil. Um discurso do então presidente Epitácio Pessoa. A emissora era a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, dirigida por Roquete Pinto, aquele que ficaria conhecido como o precursor do rádio no Brasil.
Eram anos de nacionalismo, movimentos de crítica ao que se chamava de República Velha. O tenentismo, a Semana de Arte Moderna, tudo em um mesmo ano. Não por acaso o rádio seria o meio de comunicação ligado as classes populares. Faria a informação da massa e se tornaria o instrumento de mobilização nacional.
Foram nas décadas que se seguiram que o rádio demonstrou o seu poder como meio de comunicação de massa. Varas o ditador e fundador do nacionalismo ufanista produzido pelo Estado tornou a Rádio Nacional, emissora estatal, um instrumento de associação da cultura popular com o personalismo do Estado Federal. O que até hoje o populismo canhestro e malandro se usa para associar o povo ao salvador da pátria.
Mas, o rádio foi maior que isso, foi instrumento de resistência e fez o Brasil ser conhecido pelos brasileiros. Levou informação e diversão. Chegou no Século XXI com o desafio de se reinventar e fez isso. Se no Século XX foi o auditório, o telefone, e a comunicação com o ouvinte, neste Século é a convergência e a capacidade do multicanal e da multiplicidade. Ser para cada um e para todos.
Eu amo e me embriaguei pelo rádio. A CBN nasceu no final do Século passado para ser uma revolução e um desafio. Quem apostaria em uma rádio que só toca notícia? Quem apostou, acertou. Viva o rádio e obrigado ouvinte da CBN. Nós vamos resistindo a todas as críticas e de todos os lados, porque o nosso único lado, é você, que nos escuta, nos acessa e acredita em nosso trabalho.
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