Arte e Cultura
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O que vamos deixar para a posteridade, como seremos lembrados? Gostaríamos de ir além desta vida e deixar para uma posteridade a lembrança de nossa existência. Ficarmos vivos no coração e na mente de quem fica. A pergunta que muitos gostariam de fazer para os que ficam é se alguém sentirá sua falta.
Exercitamos a falta em muitas coisas. E o quanto um legado pode ficar nas pequenas coisas. Não precisa de uma revolução na vida de muitos, mas a mudança significativa na vida de alguns. Os poucos que aos poucos percebem que a sua existência se expressa nos sinais de que o ambiente onde se vive exala.
Na sociedade dos produtores que marcou as gerações que hoje tem mais de 50 anos, a vida era exercida na busca da empregabilidade. Hoje, se vive para a aquisição momentânea nas possibilidades intensas da aquisição. Viver para consumir. Logo, o que se é está na intensidade do que se apresenta ao mundo do que se tem.
Vivemos na busca incessante de sermos notados pela coleção de objetos que exaltam a existência. Mas, ao mesmo tempo, se dissolvem rapidamente com o tempo. Nunca tanta intensidade durou tão pouco. O anestésico alucinógeno precisa ser ingerido constantemente para que não se perca a excitação. Ficar excitado deixou de ser uma temporalidade para se tornar uma exigência. Os objetos são a droga que gera a alucinação necessária para que a vida ganhe sentido dia a dia.
Não podemos ser apenas uma extensão das coisas. Temos que dar sentido e vida para o que existe. Não resumir nossa existência no que morre tão rápido e não vive o suficiente para colocarmos uma identidade. Viver é mais quando se dá sentido à vida.
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