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Trabalho e não aposentadoria

A vida para o trabalho deve ser incentivada.

Ontem a Comissão Especial da Reforma da Previdência aprovou o projeto do relator Samuel Moreira (PSDB-SP). Tudo indica que agora o caminho para a aprovação esteja aberto nas próximas sessões da Câmara de Deputados e no Senado. Debates ainda vão ocorrer, algumas mudanças, porém, ela deve ser aprovada.

O que muda na vida dos brasileiros? Em muitos casos um tempo maior de contribuição e trabalho. A expectativa de viver da aposentadoria não deve ser vista como possibilidade. Esta é a questão principal. Vamos trabalhar mais tempo. Teremos que construir nosso próprio rendimento. Viver daquilo que é fundamental, nosso potencial de produção de riqueza. Sem isso, nada vai acontecer.

Para que o trabalhador tenha um melhor rendimento ele necessita se qualificar. Ter um potencial capaz de promover a construção de uma vida material que deseja sem depender de intervenções públicas. O que no Brasil acaba se transformando em uma constante. E de se perpetuar gera uma expectativa de que o futuro será atendido pelo velho hábito.

Temos que romper a ideia de considerar o trabalho como um peso, um mal. Ele deve ser a finalidade para o qual existimos. Construir a nossa vida associada ao trabalho. A condição de produzir um rendimento não deve ser vista como sacrifício. Para isso, temos que nos qualificar na busca de ter uma atividade profissional com o que nos identificamos. Temos que escolher nosso trabalho e não ser escolhido por ele.

Se a reforma da previdência era esperada como solução imediata para as contas públicas, mas a qualificação profissional é a solução final. Educar as pessoas para lhes dar eficiência. Contudo, vale lembrar, temos que nos interessar por algo que tenha interesse social. Nossas paixões não podem ser só nossas. Temos que criar ideias que podem ser vendidas e atividades que atraiam interesses. Quanto mais nós pudermos ser eficientes no mundo do mercado termos a chance de ser incorporado e recompensado por ele.

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