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No Brasil estamos vivendo, como também na América Latina, um radicalismo tolo. Deixamos de perceber o que construímos até aqui e o quanto podemos melhorar. Arruinamos nossas relações e questionamos nossas instituições como se elas fossem um mal. A culpa não são das normas, dos órgãos representativos e sim das pessoas.
O empobrecimento humano sempre se descobre em tempos de crise. A nossa condição de compreender o que está a nossa volta e o interesse de superar os dilemas acaba por ser determinante de onde vamos chegar. Se não somos capazes de compreender a complexidade dos que nos cerca dificilmente iremos além do lugar onde estamos. Nossas reações são imediatistas. Nossa lógica é pobre.
A possível notar o quanto as paixões desenfreadas falam mais alto. A ascensão de lideranças políticas aparentemente opostas ao que vivemos nos últimos 14 anos fez ressurgir o extremismos no país. O combate ao paternalismo de retórica de esquerda que tivemos durante mais de três mandatos do Partidos dos Trabalhadores (PT) é combatido com a mesma prática militante. Os defensores do atual governo agem da mesma maneira que seus antecessores.
Este tipo de prática não vai nos levar a lugar algum. Vamos apenas trocar as falas pelos atos. E os atos falam mais alto. A maneira como conduzimos o poder demonstra a lógica que defendemos. Não pensem que estamos diante de um diálogo democrático e buscamos preservar o ambiente independente dos posicionamentos. Somos capazes de destruir tudo o que construímos até agora para ter a sensação de vitória. Nada vai sobrar se continuarmos assim.
O que nos permite discordar é a liberdade de expressão. A democracia em sua extensão. O direito de dar ao outro a mesma possibilidade que nós de defendermos nossa forma de pensar e agir. Mas ação e pensamento não podem destruir as instituições. Por isso, a importância da democracia.
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