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Sim, parece uma loucura ou coisa de criança, mas a percepção de que só há vida onde o “EU” está é uma realidade cada vez mais comum.
Quando as crianças ainda estão na primeira idade, há uma percepção de que o mundo está onde elas estão. Nada mais existe. Não por acaso elas, as crianças, choram quando a mãe sai do quarto, sai do seu campo de visão. Isso é normal.
Sim, eles têm. Para muitos, nada existe além do que ele vive, do que está ao seu redor ou dentro de sua imaginação.
Este é um dos sintomas da Sociedade do Espetáculo. Coloca o ser particular no centro de um Universo que gira ao seu redor.
Logo, não é por acaso que vivemos os extremismos, a precariedade lógica, a limitação na compreensão da realidade.
Enfim, alguém esticou a criança ou, melhor, se estendeu a “primeira infância”, vivemos a infantilização.
Se pudessem criavam um mundo a sua imagem e semelhança. Isto mesmo, esta é vontade de muitas pessoas. Criar um mundo que fosse só seu. Aquele em que nada e nem ninguém poderiam atrapalhar.
Todos conduziriam sua vida conforme o senhor criador e detentor do destino impusesse a cada um dos membros de seu “reino do vale do ego”. Nada fugiria ao seu controle. Nunca haveria decepções.
Um mundo sem frustrações, por sinal, é o desejo de todos aqueles que se encontram infantilizados no olhar sobre o mundo e nele as pessoas.
Você já foi criança? Espero que sim, que já tenha sido, porque agora temos crianças que brincam com bonecas humanas ou seus soldadinhos de chumbo e os colocam onde querem e fazem deles o personagem que desejam.
Este ser infantil, quando contrariado, se algo não sai como ele planeja, destrói tudo, quebra os elementos a sua volta, agride e esperneia. Imagine, um “deus infantil” ou o “reino de uma criança mimada”, nele, ninguém está seguro.
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