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A condição da micro e pequena empresa no Brasil é uma expressão dos brasileiros. Elas acumulam dívidas e tem um tempo de existência curto. A falta de qualificação dos empreendedores é o principal fator do fracasso do empreendimento. Quase sempre erros estratégicos que vão desde a escolha da área de atuação, a localização, ou gerenciamento de recursos.
A desqualificação do empreender é um problema. Se agrava a condição em que a empresa é montada. Em regra e a última cartada para poder manter a sobrevivência da família. Parte considerável dos empreendimentos não são pensados, planejados.
Se nos assustamos com o endividamento dos brasileiros, 40% dos adultos, segundo o SPC Brasil, o endividamento das empresas inscritas no Simples Nacional é assustador. O montante das dívidas é de R$ 21,5 bilhões. No Paraná são mais de 52 mil empresários endividados e notificados, os quais podem perder os benefícios do regime. A dívida tributária das empresas enquadradas no simples e inadimplentes é de R$ 1,49 bilhão.
O problema é sério, sãos as micro e pequenas empresas as que mais empregam. 72% das vagas de trabalho são geradas por estas empresas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Gaged). O fechamento dos micro e pequenos deve ser uma preocupação para o poder público. O descaso com pequenos empreendedores é colocar em risco a possibilidade de gerar uma melhor distribuição de renda.
Se queremos uma solução para uma mudança na relação entre o capital e o trabalho, ela está no empreendimento. Dar às pessoas autonomia e capacidade de construir seu próprio empreendimento. Liberdade tem seus riscos, sem dúvida que o direito de empreender expõe as pessoas ao mercado, isso não é ruim. Contudo, dificultar a produtividade e não contribuir para a qualificação de quem empreende é um problema que reflete na vida de todos.
Empresas fecham, serviços e produtos deixam de ser oferecidos, aumentamos o desemprego. Ficam a mercê do mercado de trabalho os empregados e o empresário da empresa micro e pequena que fecha suas portas. Ao mesmo tempo, uma pessoa que acabou de ser demitida e recebe seu acerto, acaba por montar sua empresa para buscar sobrevivência. Empreender no Brasil não é fruto da engenhosidade e busca de realizar um sonho, mas de fugir dos riscos do desemprego.
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