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Ser professor

Minha vida ganhou sentido quando entrei pela primeira vez em sala de aula. Senti, sem dúvida, que estava fazendo o que queria e faria por um bom tempo da minha vida, a vida toda.

Lembro que ficava nos horários que não tinha aula, treinando, ensaiando, dando aula em uma sala vazia. Imaginava ela repleta, precisava vencer o medo e me explicar melhor. Me questionava. Era aluno de mim mesmo e um crítico severo.

Mas, isso já faz 34 anos. Continuo em sala de aula, já não ensaio em uma vazia nos intervalos. Porém, continuo sendo aluno, mas agora dos meus alunos. Aprendi muito com o a vida docente.

Comecei no ensino médio, professor universitário, presencial, a distância, e seguindo. Já há gerações de pessoas que foram meus alunos, pelo menos para três delas eu já me fiz presente. Há famílias, pais e filhos, que frequentaram minha aula. Tenho orgulho disso.

Quantos colegas dividi a profissão, alguns viraram grandes amigos, outros a tempos não vejo. Sempre há algo em comum em cada um deles, uma essência fundamental de fazer do conhecimento algo que dê sentido à vida.

Me orgulho muito de ser professor. Mesmo com todos os limitantes e limitações que existe no país em relação a docência. Falta de valorização e remuneração digna são duas delas. Mas, a docência sempre será a resistência profissional na luta contra a ignorância e limitação humana.

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