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Sequestro da verdade

Imagem de Roland Schwerdhöfer por Pixabay

Sobrinha do ministro Sérgio Moro foi sequestrada. Em um carro com um amigo ela foi agredida por usuários de droga que agrediram o rapaz e fugiram com o carro levando a jovem, de 18 anos. Depois de baterem o veículo no barranco, os sequestradores abandonaram o carro e a vítima.

O que é esta história? Mais uma sobre tantos sequestros. Um acaso, coincidência, sequestraram a sobrinha do maringaense mais famoso da atualidade. Nada pensado. Ficaria o fato no vazio de pouca relevância. Se noticiado estaria em alguma coluna esquecida em um canto de jornal. No rádio e TV, nada mais que uma nota. Mas é a “sobrinha do ministro”.

O caso da agressão é comum. Acontece cotidianamente nos grandes centros. Na loteria da violência a coincidência acabou riscando a blindagem de um personagem do poder. Isto acontece. Contudo, neste caso, nada mais que isso. Fazer do “nada” alguma coisa é exagero. Associar a ação a uma agressão planejada pela esquerda descontente, a volta do terrorismo, é um absurdo.

Hoje, infelizmente, se constrói uma fake em cima de um fato. Se faz da verdade uma semente de uma notícia enxertada. Pagamos um preço caro pelo bombardeio de bobagens que os intelectos rasteiros difunde nos meios de comunicação. O sensacionalismo ganhou moral na atualidade. Estão a solta, podem se expressar e defender o absurdo para alimentar um radicalismo que ameaça o bom-senso e a conduta coerente.

Bom lembrar que os abutres da dor, da desgraça alheia, os chamados desgraçados da informação, estão a solta. São muitos, produzem o fato e não o relatam e analisam com ponderação. Amam o exagero e sobrevivem do que não são, a falsa imagem de jornalista.

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