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Sanatório, loucura e liderança

Vivemos tempos de agressão. A violência se transformou em regra para se conter a própria violência. Queremos paz e agimos com o oposto, estimulando agressores como líderes. Acreditamos declarada ou veladamente no extermínio do “inimigo”, aqueles que elegemos como o ou os responsáveis sobre os nossos problemas.

Na medievalidade as cruzadas estabeleceram que a “guerra santa” seria a forma de nos redimirmos do mal. A salvação estava em combater o pagão, o infiel. Os inimigos de um deus criado pelos seus interlocutores, líderes religiosos, apontavam aqueles que necessitam ser combatidos. Tudo por sinais interpretados pelos criadores deste próprio “deus”.

A emergência da civilização, da civilidade liberal e democrática combateu o fanatismo e o discurso fanático religioso. Retirou a mistura entre as questões religiosas e a questão do poder, do Estado. A política que administra nossas vidas deve ser fundada na racionalidade, na lógica das ações humanas e não na crença e nas crendices. O respeito à diversidade e o direito de cada um ter suas crenças. 

Hoje retomamos o fanatismo. A crendice raza agora ganha força. Os pregadores de plantão voltam a interpretar os pecadores pelos seus interesses e a prostituir deus. Colocam na boca da divindade o que lhe interessam e não o que é necessário. O que é o discurso da lógica religiosa de paz e respeito voltam a ser abandonados em nome dos líderes loucos e seus fiéis alucinados. Nações viraram sanatórios e os doentes mentais são a maioria. A democracia elege um líder tolo e começa a levar de forma séria as tolices.

Os líderes da atualidade refletem o perfil da insanidade que toma conta da sociedade. Não vamos resolver a violência com violência. Não combateremos agressores agredindo. A linguagem de revidar vira regra. Quanto mais agimos com agressão legitimamos o ato como regra legal. 

Talvez e lamentavelmente quando um grande número de inocentes morrerem e os filhos dos agressores fanáticos e alucinados começarem a tombar talvez chegará a hora de revermos os nossos atos. Para  alguns será tarde demais. Porém, há a esperança de que a civilidade retorne, o respeito ao outro prevaleça e a busca de uma saída diplomática e fundada no respeito sobressaia aos atos insanos dos líderes instintivos e alucinados.

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