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O discurso pela lisura na administração das contas públicas é uma constante. A grande maioria dos homens públicos em campanha prega “aos quatro cantos” a necessidade da moralidade. Mas ela nunca ocorre. Há um pacto da oratória sem ação concreta. Falar rende votos, cumprir faz com que se percam os acordos que mantém o poder.
Temos nossa parcela de culpa da corrupção, dos desmandos, da obscuridade na administração pública. Não participamos de comissões, não acompanhamos os trabalhos dos representantes públicos. Aceitamos a oratória e não agimos com coerência. Como cidadãos, temos que exigir nossos direitos.
Um exemplo de transparência que não pode ficar só na oratória é a fala do governador Ratinho Júnior sobre a contenção de recursos dentro das universidades estaduais do Paraná. Ele considera que as instituições precisam ser mais transparentes, tem que ter mais responsabilidade com os gastos dos recursos públicos. Ele está certo. Porém, não podemos desejar isso somente para as universidades.
Várias instituições públicas necessitam de transparência. Prestar contas de seus atos, gastos, de como e em que se aplica ou gasta os recursos públicos são medidas fundamentais. Não merece premiação, é obrigação. Quem faz o bem faz o que deve, o mal deve ser punido.
Ficamos entre os vícios da máquina e a oratória de mudança. O desejo de romper com o que se apresenta com um mal histórico e aquilo que desejamos ver implantado. Sabemos que o poder público precisa agir de forma coerente. O que temos hoje é a negação da retórica. Aplaudimos o que prega a seriedade. Temos que ter a capacidade de cobrar que se cumpra o que se promete. Agir é a resposta, falar sobre mudança é apenas a aparência de satisfação que mantém a aparência, sem profundidade.
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