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Reação não é solução

A vacina está trazendo esperança para os brasileiros, mas a demora para ser aplicada vai alimentando o temor do ambiente econômico. A contradição é perceptível. Enquanto que 73% dos brasileiros querem tomar a vacina e cinquenta e seis por cento defendem sua obrigatoriedade, 60% da população acredita que o desemprego vai aumentar. Os dados são de pesquisas do Datafolha. 

Já, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país bateu recorde de desempregados, agora são 14 milhões. Realmente a coisa não está boa. Porém, há outros indicadores que vão na contramão e podem ser a preferencial. O Ibovespa tem tido aumento em sua pontuação e pode bater um recorde antes do final do ano. 

Para deixar a contradição mais acirrada, analistas das principais agências de investimentos. Especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast consideram que os investimentos estrangeiros no Brasil em 2021 devem chegar a US$ 53 bilhões, bem acima dos US$ 11,3 bilhões deste ano. 

O país atrai investimentos, mas nem todos os brasileiros são atrativos para investir. Verdade nua e crua é essa. Parte da população vive neste momento de subsídio. Não é capaz de produzir sua própria renda e riqueza, ter autonomia. Este ambiente não é bom para os negócios e se há investidores interessados, não passa por estes lugares. 

Logo, temos duas ações a tomar, uma é a de sempre e que não leva muito longe ou a lugar nenhum, reagir. Manter ajudas, fazer (re)medições, prorrogar dívidas, empréstimos para manter empresas funcionando. Medidas necessárias, mas não são soluções. A segunda medida é a resolutiva. Investir no que nos dará capacidade de superar o problema de forma definitiva e criar oportunidades. 

Melhorar o capital humano. Incorporar nas empresas e nas pessoas capacidade de ser eficiente, construir soluções e qualificar pessoas. Aprender e usar o que se aprendeu de forma eficiente. Entender as demandas de mercado e responder a elas. 

Enquanto existir estado excessivo nada estará resolvido. Viver de subsídios sem uma estratégia para dar independência às pessoas e ampliar o problema anestesiando os sintomas indesejados. Isto que estamos fazendo. É hora de construir respostas e não reagir sem lógica. 

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