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Quero, posso, mas devo?

Quantos desejam o poder? Muitos. De uma certa forma, todos temos algum poder. Por menor que seja. Nas mais variadas funções, temos a possibilidade de influenciar o nosso e o destino dos outros. Todo o ato tem suas consequências.

Uma das funções em que o poder mais encanta, é a política. Governar. Estar com a vida de muitas pessoas em “suas mãos”. A decisão sobre nós já é um desafio. Quantos estão preparados para decidir a vida dos outros?

Tem nesta busca pelo poder a ambição. Algo importante para ser cultivado na vida. Aquela vontade de não ficar parado, ir mais longe, crescer. Isto é o que chamamos de querer. Quanto nós desejamos algo? Porém, querer não é poder. Qual a distância entre o que se quer e o que se pode?

Para se entender a complexidade destes dois pontos, querer e poder, é importante conhecermos a nós mesmos. Saber se temos capacidade de unir o desejo a ação. Como se diz, “dar um passo maior que a perna” pode significar um tombo. Porém, não se pode atrofiar o corpo por falta de exercício. Na vida, chegar é exercitar o poder de caminhar.

Contudo, em tudo o que buscamos há um outro elemento importante, o dever. Se temos o poder, se queremos, devemos fazer?

Por isso, o ser humano vive sempre na contradição entre o querer, poder e o dever. Quantos não desejam a vida inteira ter poder. Lutam, sonham, as vezes cometem excessos para chegar ao poder. Mas como diz Maquiavel, ter o poder é fácil, difícil é mantê-lo.

Não basta apenas assumirmos o poder de decisão. Nada nos impede de ter um desejo, querer. Resta saber se somos capazes de administrar o poder que temos, se devemos fazer ou não algo.

A boa liderança é a capacidade de agir de forma equilibrada. Ser capaz de, mesmo com o poder, mesmo com a vontade de fazer, refletir profundamente sobre o dever. Todo ato tem consequências. A sabedoria é antecipar os resultados para se tomar a decisão que se deve, para se manter o poder que se tem, sem se deixar embriagar pelo excesso do que se deseja.

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