Arte e Cultura
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Você pode achar um absurdo, mas as empresas estão a caça de pessoas, de seres humanos, sensíveis, capazes de conviver com outras pessoas, que tem o potencial de colaborarem na empresa. Claro que isto já foi óbvio um dia, condição comum, agora é raridade.
Esta busca tem sua lógica, na atualidade os jovens que ingressam nas empresas estão limitados pela vergonha de se expor, de viver, de conhecer, aprender e se rever. Por um lado, consideram que o mundo da virtualidade permite existir sem se expor, logo, a virtualidade virou refúgio.
Este esconderijo tem custado caro as famílias e as empresas, as pessoas que têm que conviver com este ser humano o tempo todo. Quer dizer, tentado conviver. Porque geralmente eles se isentam da convivência e comprometimento com a vida real. Preferem o mundo previsível onde o inesperado não passará de um “ato” sem consequências.
Claro que temos que considerar que alguns alucinados resolvem trazer a lógica da virtualidade para a vida real e todos pagamos um preço caro por isso.
Quem espera algo a mais de uma parte considerável dos consumidores de produtos virtuais, do mundo da internet, da cadeia de possibilidades que ela oferece, acredita que tem à frente um ser humano bem-informado sobre tecnologia. Nem sempre é assim.
Não se nega os benefícios que a rede mundial de computadores traz. Ela já é tão necessária quando as condições básicas de água, esgoto, energia elétrica, saúde, transporte e tudo o mais que se queira como fundamental para a vida.
Contudo, entre isso e a condição que temos de pessoas que vivem uma falsa realidade é algo bem diferente. A fonte de informação na internet não é a fonte de vida. E nela se mente muito. Pesquisas mostram isso.
Os que mergulham em “mundos paralelos” oferecidos nas redes sociais pagam um preço caro pela falta do aprendizado que a convivência com pessoas permite. O “temor” em relação as outras pessoas já têm rendido um bom mercado de trabalho para psicólogos, terapeutas, psiquiatras.
Eles se dedicam parte considerável do seu dia, mais de 8 horas em média, a esta condição virtual. Não conseguem se desprender do que lhe dá uma sensação de movimento e estática.
Pense, os consumidores assíduos das redes sociais percorrem inúmeros endereços de conexões, contudo não saem do lugar fisicamente. Nada acontece e tudo parece acontecer. O “cidadão do mundo” é um ser estático.
Claro que toda esta contextualização e análise que fizemos está demonstrada na busca das empresas por pessoas que sejam mais sociáveis, proativas e colaborativas.
Olhe só, eu contrato alguém para uma corporação que seja um colaborador. Isto não é óbvio? Sei que já fiz esta colocação lá em cima.
Uma pesquisa feita pelo Panorama do Mercado de Estágios no Brasil, com 100 profissionais de Recursos Humanos, o famoso RH, denuncia a falta de pessoas sociáveis, capazes de conviver e construir convivência.
Segundo os dados, 83% dos profissionais de RH consideram que ser colaborativo é uma necessidade. Algo vital para um candidato a vaga de estágio. Já, para 82% o destaque é estar disposto a aprender.
A proatividade também foi destaque na pesquisa, 81% dos profissionais de Recursos Humanos. Eles consideram que este aspecto do candidato como fundamental para a contratação. Tudo acaba se resumindo no que é apontado por 75% dos entrevistados, a habilidade comportamental dentro da empresa é um fator decisivo.
Mesmo as velhas habilidades que eram consideradas vitais para uma vaga de emprego já não são tão relevantes. Para 48% dos que contratam, saber inglês fluente é fundamental.
Este percentual cai ainda mais quando se pensa no domínio de certas ferramentas como o Excel, o que é importante apenas para 24% dos recrutadores.
Logo, já temos cartazes distribuídos no mundo virtual e real em que as empresas anunciam: “PRECISAMOS DE SERES HUMANOS QUE SEJAM HUMANOS”. Se quer um futuro para sua carreira profissional, se preocupa mais com isso.
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