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Bauru, no interior de São Paulo tem uma prefeita mulher, negra e evangélica. Suéllen Rosin. Eleita com 32 anos, jovem, é conservadora. Candidata pelo Patriota, teve tempo reduzido na propaganda eleitoral gratuita e conseguiu ficar com 55,98% dos votos válidos.
Sua ascensão a prefeitura da cidade paulista é marcada por ofensas, não tanto de gênero, nenhuma por sua opção religiosa, partidária e conservadorismo. O que pega é ser negra. Como se a cor da pele denunciasse alguma coisa. Não denuncia. Os atos humanos sim.
Suéllen precisa ser entendida mais pela suas escolhas do que pela sua natureza. Os determinismo biológicos que alguns se apegam para considerar o destino das pessoas é uma denúncia de ignorância. Não surpreendente. A agressividade e radicalismo de posição é são medidas da pobreza de raciocínio. Isto é fato.
Um dia vamos parar de olhar para as pessoas e fazer uma leitura de sua aparência como se fosse uma sentença. Porque tem aquela cor, fulano com certeza é isso ou aquilo. Se é adepto de tão crença religiosa com certeza deve ter tais manias ou atitudes, se é mulher isso e se é afrodescendente aquilo. Associações fáceis de raciocínios pobres.
Conheça as pessoas pelos seus atos, pelas suas escolhas. Da mesma forma que a ascensão de uma mulher no poder pode ser a escolha de um grande representante público, pode ser um fracasso. Um médico no poder não significa um governo de saúde, só por ser médico. Apenas cria-se esperança. O religioso fervoroso não é sinônimo de atitude bondosa e honestidade acima de tudo.
Seres humanos são escolhas e ações. A pobreza humana está na opção entre ser resposta ou aprofundar problemas. Buscar soluções ou remediar e maquiar a verdade das coisas. Enquanto não olharmos para as pessoas e enxergamos realmente que elas são, o preconceito não vai acabar e combatê-lo ou reafirmá-lo estará sempre encobriu o lobo em pele de cordeiro.
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