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Há um predomínio crescente da mentira sobre a verdade. Não se pode negar que as pessoas estão construindo mundos paralelos, uma forma de manterem vivas suas ilusões. Pior, tem adeptos, forma tribos e constituem comunidades que se alimentam das mentiras. Algumas delas viram igrejas e se mente também no altar.
A reflexão sobre os fatos está dando lugar à distorção da realidade, coisas bem diferentes. O mentiroso brilha e o denunciante da verdade é ofuscado. Se gosta mais da plástica do que é falado do que do conteúdo. Não por acaso, há uma busca pela beleza permanente.
Vários fatores podem colaborar para entendermos o porquê estamos vivendo o império da falsidade, da mentira, da distorção. Um dos que me preocupa é a formação de uma geração que já é fruto do conhecimento medíocre. A falta de qualidade do ensino nas últimas décadas agora cobra seu preço.
Comprar o enlatado da manchete sem ler o conteúdo da reportagem gera um ignorante premeditado. Estamos mais preocupados em capturar seguidores do que ter pessoas com capacidade de compreensão e mesmo construir um conteúdo qualitativo. A moda agora é ter “like”, visualizações, independente do que se tenha que fazer para isso. Nem que se tenha que mentir.
Tem até deputado que nasceu no Brasil e se elegeu nos Estados Unidos mentindo. Nas redes sociais se constrói e reconstrói as retóricas falas. Se alguém denuncia, acua o mal feitor, você vê o próprio se defendendo e dizendo que está sendo perseguido.
A razão fugiu da mente e deu lugar a ilusão. A ambientação para o consumo rompeu, com seu marketing sedutor, o compromisso com a verdade. Pior, o consumidor passou a acreditar na mensagem publicitária como uma verdade absoluta e a considerar a realidade uma conspiração, uma história inventada, uma ilusão.
Sim, estamos em pleno Século XXI.
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