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Há uma tendência de alguns gestores de considerarem que o reconhecimento do antecessor é um mal e deve ser extirpado. Tudo o que se relaciona a gestões anteriores a sua pode ameaçar o seu governo. Isto é um mal tanto na iniciativa pública como privada.
Muitos trabalhos desenvolvidos pelos antecessores são funcionais e fundamentais que continuam sendo feitos. Manter o bom trabalho colabora para o aprimoramento das organizações. Não se deve temer o bem feito.
Contudo, o personalismo acaba se sobressaindo em quem é inseguro na liderança ou assume a função para angariar apenas prestígio próprio. Não leva em consideração que as instituições ficam e as pessoas passam. Logo, tudo o que é necessário para que o trabalho se desenvolva de maneira eficiente deve ser valorizado.
Nas empresas privadas muitos projetos setoriais e mesmo geral se perdem pela relação instável que um gestor promove quando assume a função que outro exercia antes. Acredita que dar crédito a quem está na função pode levar a uma comparação que ameaça a avaliação que é feita de quem está na liderança.
No setor público não é diferente. Talvez com mais nocividade pela importância que os serviços e obras públicas têm na vida da população. Quantas estradas, pontes, escolas e hospitais ficam pela metade ou demoram a ser concluídos por causa desta lógica.
A qualidade de uma gestão está na eficiência do que é praticado quando o líder assume o papel de fazer o necessário e não o de seu interesse. Temos que investir em uma carreira promissora, seja na vida pública ou privada, porém, a maior avaliação é o resultado na resolução de problemas. Isto é fundamental.
Os líderes são lembrados pelos resultados duradouros. Aqueles que permanecem ao longo do tempo e que não estão ligados a um só gestor, mas aos que souberam dar eficiência às ações resolutivas e não foram oportunistas focados no imediato.
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