Comentários
2 min
As pessoas deveriam entender o poder da pergunta. O quanto ela pode mudar a vida de um ser humano. Por mais que nós sempre estamos fugindo da dúvida, é nela que se constrói a mudança. A certeza é uma zona de conforto, quando não passa por constantes questionamentos. Tolos os que vivem de certezas, inteligentes o que acredita só depois de duvidar.
Sócrates passou a vida tendo o questionamento como meio fundamental de extrair a verdade. De dentro de nós deve ser parido o conhecimento, maiêutica. Para ele, a inteligência de um ser humano está na possibilidade de se colocar diante do mundo especulando sua lógica. Certeza é algo que se tem por um valor, crença, cara e que deva ter passado pelo desafio de muitas dúvidas. A maior parte do que acreditamos não é questionado.
Mesmo nas relações pessoas, se queremos ajudar alguém a encontrar o sentido da existência, do que faz, ele deve ser buscado na dúvida e não na certeza. Vale, mais que nunca o ditado, “se conselho fosse bom se vendia”. Não podemos orientar a vida de ninguém. Nem mesmo a nossa vida nós conhecemos o suficiente para sabermos se estamos ou não caminhando de forma coerente com nossas escolhas.
Vivemos de crenças. Interpretamos a existência. Como Platão abordava, nós vivemos o mundo da aparência. Nada conhecemos da essência. Em grande parte, os seres humanos não estão interessados em desvendar o que está a sua volta. Fogem de uma autodescoberta. O que para Sócrates e Platão era fundamental. Conheça a ti mesmo.
Devemos ter critérios mais elaborados para nos posicionarmos sobre temas polêmicos, para nos darmos condição de avaliarmos com coerência. Todo o julgamento que fazemos de coisas e pessoas denuncia a nós mesmos. Antes de afirmarmos, temos que questionar. Lembrando sempre que ninguém vê o mundo como nós. E, a maior parte, não o vê como ele é.
Comentários
2 min
Comentários
2 min