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A educação é sempre defendida como a condição vital para o futuro. Há exagero nisso. Porém, é indiscutível o quanto a escolaridade pode ter efeitos positivos nas escolhas das pessoas. O nível de formação interfere na condução do dia a dia e gera um planejamento melhor, mais racional.
Uma pesquisa do Radar Inteligência feita entre os dias 6 a 13 de agosto mostra o retrato da educação no Paraná durante a pandemia. Como as famílias estão se organizando e percebendo o fechamento das escolas.
Alguns dados são curiosos. A renda e escolaridade são determinantes na melhoria do ambiente de enfrentamento da Covid-19 quando o assunto é educação. Os mais qualificados dependem menos dos avós para cuidar dos filhos. O número de quem cursa o ensino médio e superior é maior nas famílias que têm mais renda.
Há uma percepção da redução de crianças por família e que a qualificação e ganho familiar está relacionado diretamente com este dado. O planejamento da vida precisa ser estimulado para que seja evitado a proliferação de famílias com fragilidade financeira e que tem dificuldade no enfrentamento de um momento de crise.
Muitos jovens de baixa renda acabam por constituir família cedo e sem qualificação profissional. O amor não sobrevive diante da crise financeira familiar. Está nas estatísticas e é bom não tirar isto de vista.
Nas gerações em que o casamento era o destino de todos os jovens havia uma natureza da vida conjugal como condição para a própria emancipação. No caso das mulheres principalmente. Agora isto já está superado. Ou pelo menos deveria estar. A vida profissional vem em primeiro lugar. Por isso, a educação deve ser condição de formação de um cidadão melhor, habilitado a conduzir a própria vida. Na crise da pandemia esta é outra questão que está exposta e necessita ser enfrentada.
A qualificação das pessoas é vital para orientar suas escolhas. Muito do que temos com problemas está relacionado com a consciência dos resultados de nossas escolhas.
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