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Pandemia, de quem é a culpa?

Em plena pandemia, quem tem o poder e a obrigação de ter eficiência em responder o problema?

As opiniões se dividem. Alguns argumentam o governo federal como incapaz de tomar medidas coerentes e orientar a ação dos estados e municípios. O tal do “plano nacional de combate a covid-19”.

Outros consideram que os governos estaduais e municípios devem tomar para si a responsabilidade de agir e coordenar as ações de monitoramento, controle e vacinação. O consórcio de municípios para comprar a vacina naufragou e mesmo as medidas metropolitanas não se acertam. Uma cidade fecha por decreto a outra abre, as duas conurbadas.

O cidadão também não escapa das críticas, é vilão para muitos. O principal responsável com comportamentos inadequados e propagador da doença em diversos ambientes. Promove aglomerações e desrespeita medidas. Porém, uma parte considerável da população não tem como evitar sair de casa e conviver com aglomerações no transporte coletivo, por exemplo.

Há um outro elemento que precisa ser levado em conta, a cadeia mundial na qual o país está envolvido e que não pode escapar. Fazemos parte de uma relação de produtos e serviços ligados a uma economia global. Se não na totalidade de forma direta, mas em sua parte considerável recebemos seus efeitos.

A contaminação foi uma demonstração disso. Do quanto a relação mundial permite a propagação de um vírus de forma rápida e de difícil controle. Já não temos uma vida regional fundada no isolamento, há um grupo de pessoas, limitado, que sempre estão indo e vindo. A pandemia não precisa mais vir só de navio, vem pelo ar com tanta agilidade como e por terra quando possível.

Nas localidades, o isolamento existe, mas não a perda de contato. Muitas pessoas podem não ter condições de viajar, se deslocar, ser a turista. Fica presa as condições de vida local. Mas está sujeita a contaminação da mesma forma. E nas condições precárias que vivem, sofrem quando são contaminadas.

Logo, a cada medida que tomamos temos que ter a noção dos limites que elas têm. Aonde podem chegar e o quanto estamos expostos aos problemas nesta cadeia de relações que vão muito além dos poderes públicos e privados estabelecidos. Entre governos, governantes e governados, nossa vida está sujeita a inseguranças que não há decretos ou medidas que possam nos proteger.

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