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Os riscos da idealização

Você já idealizou nas pessoas o que elas não são? Esperou mais do que as pessoas poderiam te oferecer? Isso é normal. Na vida a gente tende a considerar que nossa forma de compreender a realidade, de nos posicionar diante do mundo ou mesmo os valores que temos como prioritários deveriam ser os dos outros.

Bom colocar aí também um ingrediente, nós não somos aquilo que cobramos das pessoas. Não temos méritos que exigimos publicamente. Na vida privada, muitos são o oposto do que exigem daqueles que convive. Logo, nós idealizamos os outros e nós mesmos.

Se pensarmos nas consequências disso, podemos concluir que vivemos um faz de conta. Temos uma percepção mais idealizada da realidade do que real. A precariedade que observamos os acontecimentos a nossa volta, o julgamento que fazemos das pessoas, a maneira como expressamos os valores e aquilo que defendemos é precário. Somos mais uma invenção do que uma realidade.

Se observamos na política podemos ter um bom exemplo. Estamos falando tanto em ética, comportamento adequado do homem público, cobramos que sejam transparentes, e grande parte das pessoas não se encaixam no modelo que exigem.

Outro exemplo da política, cobramos que os parlamentares sejam pessoas engajadas nas causas sociais que consideramos relevantes. Grande parte de nós não sabe a função de um parlamentar, e escolhemos os representantes do legislativo por critérios pequenos, mesquinhos, imediatistas. Escolhemos pela amizade, convivência, simpatia, julgamento precário ou por favores imediatos.

Talvez o problema não esteja em quantos nos representam, mas no critério que temos na hora de escolhê-los. Como na vida, o discurso das pessoas e suas defesas eloquentes são menos a realidade de que seus comportamentos.

Temos que ter mais critérios que se sustentem com a análise dos atos balanceado com o que idealizamos, sempre lembrando que há um caminho a percorrer. Não adianta viver idealizando sem sair do lugar ou desejando se agir para buscar o que se deseja.

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