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Aos que sempre falam que desejam a paz, a harmonia, consideram que ela é a vitória de um padrão. A supremacia de uma forma única de ser e compreender a realidade. Agir de maneira convergente diante dos mesmos problemas e dilemas. Isso é uma tolice.
O pensamento mais infantil de todos é aquele que considera a si mesmo como medida do mundo. O desejo de universalizar a sua própria existência.
A unanimidade é uma ditadura, uma imposição. É a falência da liberdade expressa na defesa de uma ideia comum. Elimina a possibilidade de convivência e massacra a realização dos seres humanos. Essa “ideia” comum não tem qualquer relação com um ideal comum.
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O ideal comum deve existir, o de preservar a vida dos seres humanos, por exemplo, combatendo a fome, eliminando guerras fratricidas e garantindo o acesso a saúde onde há a proliferação de doenças graves.
Quando defendemos a busca de harmonia e da padronização do pensamento, demonstramos o quanto estamos dispostos a estagnar. Eliminar a possibilidade de que a contradição venha a nos trazer a superação de nossa compreensão que tem limitações.
Sim, o contraditório é necessário para que possamos crescer. Conviver é saber que o nosso posicionamento é parte de possibilidades múltiplas, de uma expressão humana de muitas realidades. A nossa é apenas uma delas.
O oposto da vida as minhas ideias. Devemos que ter esta afirmação como uma certeza. Se precisamos pulsar neste mundo e demonstrar quem somos, nossas oposições são a medida relevante para entendermos o caminho que estamos traçando. Impossível ser diferente.
Apoie a ideia da diversidade. Ela não corrompe ninguém. Nossas convicções devem ser construídas dentro do ambiente de multiplicidade. Se somos capazes de nos convencermos de uma determinada propostas de vida, ela só fará sentido em meio a muitas outras.
Uma ideia não se consolida na solidão. Ela se constrói com a experimentação constante do que nos cerca com a intensidade necessária para sabermos quando vivemos o indesejado ou estamos em um ambiente ou condição que nos satisfaz.
A satisfação é uma condição que percebemos na experimentação do incômodo. Logo, ser e saber quem se é, construir nossa identidade humana, é relativamente o oposto de buscar a si mesmo nos outros.
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