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Um jovem de 27 anos foi morto em Marialva por dois homens encapuzados. Os dois, armados, entraram em uma tabacaria movimentada em um sábado a noite e despejaram mais de 40 tiros contra o jovem que estava no caixa do estabelecimento.
Na segunda-feira, dois suspeitos foram presos, um deles um adolescente. O rapaz assassinado pode ter sido executado por engano.
O crime tem característica de extermínio, acerto de contas, típico de pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Mas o rapaz morto não segue o perfil da forma como foi morto. A vítima não combina com o assassinato.
O crime organizado e o tráfico de drogas são os grandes produtores de homicídios no Brasil. Levantamento feito por secretarias de segurança públicas mostram que mais de 70% dos assassinatos estão relacionados ao tráfico de drogas.
Um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que o Brasil é o segundo país da América Latina em número de homicídios, 30,5 para cada 100 mil habitantes. Perde apenas para a Venezuela, com 56,8 para cada 100 mil. Entre 1991 a 2017, foram mais de 1,2 milhão de assassinatos.
A violência está ligada ao tráfico. Não por acaso os aparatos de segurança, em especial as polícias rodoviárias, apresentam um aumento no número de apreensões. Se por um lado há eficiência maior na fiscalização, por a quantidade de droga circulando aumentou significativamente.
O mercado de drogas atrai tanto no consumo de entorpecentes para se livrar do peso da existência, como o dinheiro que circula na produção e comércio de um produto lucrativo. Aliado a isso, uma expectativa de vida curta. O que faz com que a vida não traga muita preocupação. Sem um futuro que nos leva a ter que responder por muitos dos nossos atos, não há muito com que se preocupar. Neste ambiente a vida vale pouco.
A vida precisa de sentido. Deve haver um motivo para se viver. Arrastar a existência pelos dias é um peso. Por isso que muitos querem anestesia. Ela tem que caminhar cada vez mais segura e leve em busca de algo. Que não seja o materialmente esperado e esteticamente cobiçado pelo gosto comum. A vida é um sentido humano e não enlatado. Temos que existir para nós e não para os outros. Esta é a nossa aventura e nosso maior desafio.
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Belo texto!
Ultimo parágrafo, de uma sabedoria tremenda.