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No país são as micro e pequenas empresas que geram emprego. Este segmento empresarial é responsável por 75% da geração de postos de trabalho. Se ocorreu uma redução do desemprego no país, segundo o Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), saindo de 15,01% em abril para 13,7% em junho, foram as micro e pequenas empresas que geraram a maior parte desta boa notícia.
Porém, a maioria das vagas abertas ainda são informais. O que demonstram a dificuldade de apostar na estabilidade. Um levantamento feito pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta a situação financeira das micro e pequenas empresas.
A falta de reservas é o principal problema, 52% das micro e pequenas só tem reservas para os próximos 3 meses. O que melhorou em relação ao ano passado, quando a previsão era de um mês de recursos para manter o empreendimento.
Alguns setores sofreram mais que outros durante a pandemia, isto é fato. Para áreas como informática ou varejo de alimentos a pandemia não foi de todo mal. Já para outros setores a crise instalada pela propagação da Covid-19 foi fatal.
Entre os setores mais atingidos por falta de recursos estão o de serviços (59%), Indústria (50,1%) e comércio (44,5%). Em média, 52% das micro e pequenas empresas estão em dificuldade financeira. Inclusive com 12% para pagar dívidas e 64% admitem ter contas em atraso.
Ilusão pensarmos na macroeconomia como resposta única para a superação da crise. O que precisamos é criar um ambiente saudável para micro e pequenos. Pensarmos na economia regional e investir em projetos para garantir a saúde financeira de quem mais gera emprego no país, os micros e pequenos.
Não é só linha de crédito que estas empresas precisam, qualificação para ter capacidade de atuação estratégica, e um sistema tributário realmente favorável para quem deseja empreender. O setor é quem mais gera emprego e também uma alternativa para quem o perdeu.
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