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O ser humano e a natureza

Criado nos Estados Unidos em 1970, o Dia da Terra é marcado pela lembrança de que precisamos preservar o Planeta. Os recursos são finitos. Já passamos do limite na exploração da natureza e agora é hora de ajudarmos a preservar, recompor e agregar à Terra boas práticas ambientais. 

Nossa região, que iniciou sua colonização na primeira metade do Século XX, antes coberta por uma imensa mata atlântica, foi aniquilada em pouco tempo. O dito “progresso” já esteve associado diretamente à devastação. A geração atual precisa dar sua contrapartida. 

Entre as décadas de 1970 a 1990 foram realizadas conferências, encontros, simpósios, enfim, inúmeros eventos para discutir o Planeta, a questão ambiental ganhou força. Entre as expressões do movimento ambientalista estão as práticas das empresas na busca de se associarem às ações de preservação ambiental. 

A economia de mercado descobre que a preservação do meio ambiente e práticas sustentáveis são um grande negócio, um nicho de mercado. Ele tem crescido e vai continuar crescendo. Tem quem despreze esta lógica. Mas sempre existirá uma percepção distorcida de uma questão lógica. Somos historicamente predadores.

A história da humanidade é a história da degradação. Mesmo nas comunidades que hoje exaltamos como boas práticas com a natureza, há momentos de embate na busca da superação de necessidades em que a natureza é sacrificada. Os indígenas também tiveram seu momento de devastadores em uma floresta imensa, muito além do que podiam e sabiam alterar. 

Nossa civilização já tem outra organização e relação com o meio ambiente. Busca uma exploração intensa dos recursos naturais e, nos últimos 100 anos, aprendeu a construir uma natureza própria. Destaque para a energia atômica e a engenharia genética. O frango que consumimos, assim como, o gado e o porco, são frutos da melhoria da natureza a nosso serviço. Há mais cabeças de gado no mundo do que de seres humanos. 

Nossa inteligência construída e estimulada ao longo da nossa luta pela sobrevivência em uma natureza inóspita e hoje, em parte, controlada, nos dá a condição de aprimorar nossas técnicas e gerar problemas e soluções. Se queremos preservar o Planeta, é nisso que temos que apostar. Porém, sem nunca deixar de compreender que a natureza nunca mais será a mesma e nem nós mesmos. A mudança é uma constante, mas ela pode não ser destrutiva.


 

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