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O que sai da torneira?

Claro que ninguém quer matar a sede tomando um veneno. Seria um absurdo, a não ser que você faça isso por engano. E, pode acontecer se levar em conta o Mapa da Água, levantamento feito pelo Ministério da Saúde através do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Seres Humanos (Sisagua) dá a dimensão do risco.

A pesquisa realizada entre 2018 e 2020, mostra que 763 municípios do país têm algum tipo de substância química ou radioativa na água. Resumindo, você pode estar se contaminando ao tomar a água que sai da torneira em uma de quadro cidades pesquisadas.

Os sintomas podem ser os mais variados, uma diarreia, vômito, mal-estar e até algo coisa mais sério. Tudo depende do que está na composição da água que atende a população de 25% das cidades do país.

Então, como é que isso acontece? Bem, diria que esta condição da água não é uma questão de não reparar no que você está tomando ou usando. Considero que desconhecer como as coisas são feitas, como elas chegaram até você é algo comum em nossa vida. A gente não sabe de como estão as condições daquilo que consumimos e usamos diariamente.

Nós não sabemos se o motorista do ônibus que pegamos dormiu direito, também não temos a menor noção se a revisão no avião está em dia, acreditamos que sim, apreciamos a viagem pela janela. O cabeamento de energia dos lugares que frequentamos, não sabemos. Apenas, como falei, confiamos que tudo vai bem.

No caso da água que corre pelo encanamento até nos atender diariamente a lógica é a mesma. Somos pouco atentos aos serviços que nos são prestados. Sejam eles públicos ou privados.

Muitos destes serviços estão em áreas vitais, envolvem muitas pessoas, a falha ou contaminação do sistema gera em cadeia de consequências para muitos e por vezes trágicas.

Há responsáveis e há aqueles que devem ser responsabilizados. Há um poder público que precisa agir preventivamente. Tem que ter mecanismos de denúncia que sejam eficientes. Temos que cobrar mais ação de prevenção do que de remediação.

As tragédias são anunciadas, geralmente. Há indícios, tem quem alerte, e todos agem de forma desatenta, propositalmente ou não. Sempre existem fiscalizações que já apontavam o risco.

Por isso, nem sempre estamos seguros onde consideramos impossível de algo acontecer. Temos que ficar atentos e não tensos nos atos mais simples. Entre eles, a hora em que você abre a torneira e acabar se contaminando. Por isso, fique mais atento e cobre de quem deve o comportamento de fiscalizar e evitar que o risco silencioso vire um problema generalizado.

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