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O poder de manter-se

Qual o papel do governante? Para entendermos o objetivo de sua função, quando falamos de uma democracia, é preciso associar os que elegem o representante público e a condição que o mantém. Não podemos negar, o principal objetivo de quem governa é continuar governando. Por isso, entender o sentido daqueles que escolhem o homem público como seu líder nos dá uma perspectiva dos atos do que tem poder para permanecer na condição de comando.

Estamos em uma república, podemos cobrar do governante que ele faça em nome do interesse público. Porém, na condição de se exercer o poder e o legitimá-lo se há um processo eleitoral. O interesse público nem sempre converge com o impacto das ações. A plástica do governo fala, e em muitos casos, mais alto do que a eficácia do ato.

Da mesma forma que um ato de governo pode repercutir de forma benéfica ou maléfica daqui há dez anos, toda a ação imediata conta no calor da hora quando o interesse surge. Um ato político não tem, em grande parte, um sentido de longo prazo. As eleições estão aí, a memória, a lembrança, da ação tem validade. E isso que conta.

Sendo assim, o ato do governante é político. Como todo o ato administrativo de quem é um representante público legitimado pelo voto direto. Sua ação precisa ser notada, sentida, percebida por aqueles que podem lhe dar o poder pelo qual tanto anseia e busca mantê-lo com suas ações. Afinal, esta é a finalidade de quem tem poder, manter-se.

A grande questão é, sabemos líder com o poder que temos na escolha do homem público? Quais os critérios que usamos para eleger e avaliar a administração pública? Esta é a relação direta entre a governabilidade e a eficiência de se governar. O que esperamos dos atos do gestor, da líder? Se compactuamos com o imediatismo das ações, não podemos esperar soluções definitivas.

Somos e temos poder, somos um dos sustentáculos de quem nos governa. Participamos das escolhas e temos que avaliar os critérios que usamos para escolher. Enquanto nossas opções não conseguem compreender a complexidade das consequências, a dimensão do que fazemos, a repercussão do ato em um longo período, estamos condenados ao que der e vier ao sabor da sorte.

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