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Dizem que o “peru morre de véspera” e o eleitor se ganha também. Ano após ano, os que tem a máquina pública na mão e busca a reeleição distribuem as benesses. Ajudam os mais pobres, tem um ato de solidariedade e amor.
Claro que a demagogia é parte da política, se não uma de suas características mais fortes. A aparência acaba por falar mais que a essência. Será que vamos aprender um dia? Claro que sempre estamos com a esperança de que a população seja mais ativa politicamente e participe lutando por ações duradouras na melhora na qualidade de vida, não se satisfazendo com migalhas.
Sonhamos com uma sociedade que se mobilize na busca de defender seus interesses e use das instituições representativas para isso. “Que sonho seria um povo organizado e mobilizado”. Porém está e esperança e não o aprendizado que a relação nos mostrou ao longo destes anos.
Na vida de muitos, nós também nos contentamos com migalhas. Somos muitas vezes maltratados. A agressão é característica de muitas relações que temos. Veja a violência contra as mulheres que se dá principalmente no ambiente doméstico, ela é constante. Em alguns momentos com promessas do agressor de nunca mais agredir. Não são poucos os lugares em que a violência se estabelece, física ou não.
No Brasil há um ato de violência política, de desrespeito. Ele é constante. Diário. O desprezo pela condição de muitos brasileiros fez inúmeros mortos. A pandemia foi um dos exemplos disto, foram muitos em pouco tempo. Mas diariamente se gera mortes por desprezo da gestão pública. Saúde e segurança sempre foram as que demonstra isso com mais intensidade.
Matamos o futuro de muitas crianças e jovens sem educação pública. Alimentamos ambientes sem infraestrutura básica onde as doenças se proliferam. Deixamos de dar segurança onde se extermina.
Mas, depois de tanta violência vem a promessa de não mais agredir. O agressor retorna com seu carinho peculiar e preocupação intencional. Distribui as migalhas, acena com a solução. Nossa reação de aceitar e acreditar acaba por nos condenar há um futuro de desprezo e mais violência.
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