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O número de mulheres na disputa eleitoral cresce, será que isso significa melhora na representatividade?
Não se pode negar que o aumento do número de mulheres como candidatas nesta eleição é maior do que o ano passado e isso é um bom sinal. No Paraná, o número de candidatas cresceu 30,2% em relação as eleições de 2018.
O maior percentual de aumento foi nas candidatas a Câmara de Deputados, 57%. Em 2018 eram 137 mulheres paranaenses disputando uma vaga no Congresso Nacional, agora são 216. Candidatas a Assembleia Legislativa também teve um aumento, menor, 20%.
Os homens continuam dominando o cenário de candidaturas, 67% delas. Contudo, é perceptível que elas avançam. E devem fazer isso, afinal da população paranaense as mulheres representam 51,05%. Logo, elas são a maioria da população do Estado.
Mas os números de candidatas crescente demonstra uma melhor representatividade?
Acredito que esta questão tem duas formas de responder:
A primeira com o olhar em um horizonte mais distante. Neste caso, a resposta é sim. As coisas estão mudando de devem mudar mais conforme os números de representatividade avançam.
A segunda é que ainda há uma ingerência masculina sobre as candidaturas hoje. Muitas mulheres que se candidatam são uma extensão da vontade de um patriarca. Este homem determinante é um pai, marido, irmão, tio, primo etc. Alguém que quer ter um fantoche em um cargo enquanto ele comanda outro.
Logo, não podemos nos deixar levar pelos números apenas. Por de trás deles há uma relação. E se não tivermos a capacidade de entender isso, no iludimos com a aparência. O mal a ser combatido é o mando masculino.
Porém, vale lembrar, o aumento do número de mulheres na política é um bom sinal. Temos que comemorar. Mas, não significa a solução na aparência, apenas uma possibilidade de mudarmos a essência, esta relação perniciosa da manipulação das candidaturas das mulheres.
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