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O ambiente econômico brasileiro precisa mudar. Temos um grande número de micro e pequenas empresas que morrem cedo. Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 60% das empresas fecharam após cinco anos de funcionamento.
A quantidade de trabalhadores é fator interessante a ser analisado pela pesquisa do IBGE, com o nome “Demografia das Empresas”, o emprrendimento com um maior número de trabalhadores são os que tem menor tempo de vida. As que não tem funcionários e fecham, são 31,3%, já as com até nove funcionários que fecham em cinco anos o índice é de 57,8% e as que tem mais de 9 trabalhadores, 61,1%.
Os riscos são grandes para quem não sabe administrar os negócios. E quando falamos de gestão de uma empresa não estamos falando apenas da sua mecânica de funcionamento. Aquele dia a dia e as receitas aprendidas com o sabor de uma prática que se herda ou ganha ao longo do tempo. Toda a experiência é positiva, mas ela precisa ser avaliada e refletida qualitativamente. Precisa de aprimoramento, conhecimento especializado.
A questão aqui é estratégia de negócios, saber como lidar com o empreendimento ao sabor de um mercado volátil. No Brasil a economia não mantém uma estabilidade que seja possível um planejamento de 15 a 20 anos. A média de expectativa dos empresários para um retorno de seu investimento é de cinco anos no país. Na maioria dos países europeus e Estados Unidos são de 15 anos, em média. Logo, aqui, nossos empresários agem com um pensamento imediato e de curto prazo, morrem ao saber de um golpe inesperado.
Entender que a durabilidade de uma empresa está diretamente relacionada a nossa capacidade para as ações mais sólidas. E estão no potencial de conhecimento do que se faz, onde se faz e para quem se faz. Mais, por quanto se pode ficar fazendo da mesma forma ou manter o mesmo produto. Enfim, falta inteligência no comando das empresas.
O nível do empresário de médio e pequeno porte, muitos dos grandes se inclui nesta lógica, é o mesmo dos trabalhadores. Um grau de qualificação baixo. Ou seja, duram pouco no mercado por ter pouca visão de futuro e entende de forma limitada a dimensão da economia e de suas relações socais em que estão inseridos.
Aprender a administrar é muito mais do que débito e crédito, investimento e despesa, significa saber ler com lógica e coerência as necessidades do mercado e sua condição de produção. Entender da história e da cultura econômica. Entender de política econômica. Tudo o que não sabem a grande maioria dos gestores.
O que muitos empresários levam em consideração são as rodas de amigos, em grande parte com a mesma perspectiva. Geram conceitos infundados. Pessoas que pouco frequentaram o banco escolar ou fizeram uma formação para aquilo onde estão atuando.
Por isso, a maioria das empresas são frágeis. Os maiores empregadores do país são micro e pequenos. Eles são instáveis, duram pouco e contratam os mais desqualificados quase sempre. Reproduzem um ambiente inseguro e aventureiro. Gerando mais incerteza para investidores, colaboradores e clientes.
Precisamos ter uma liderança mais qualificadas nas empresas. Se queremos sobreviver a concorrência e ter fôlego para enfrentar nossos problemas, temos que aprender a lidar com a adversidade e nos conhecer. Isto vale para os empresários e trabalhadores brasileiros.
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