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A condição de ser livre requer esforço. Mais para nos livrarmos das marcas do tempo do que das coisas que os ventos trazem nos dias de hoje. As marcas impregnadas com os anos tendem a nos fazer agir em uma direção nem sempre consciente. Aparentemente escolhemos, porém, as escolhas traem a razão por dívidas da vida. Aquela vida vivida que acreditamos guardar registrada dentro da memória que a razão percorre. Porém, as coisas não são bem assim.
Há um registro temporal, além da consciência. Aquelas que a vida nos fez e nos faz hoje como somos. Impregnados, só se desfazem quando conseguimos acessar estas marcas e, com um polimento, limpar e lustrar a consciência. Nos permitindo a liberdade como ela deve ser, o destino em nossas mãos. Agir com o sabor de ser senhor dos passos em um caminho traçado por nós. Para isso, lembre-se, se liberte dos porões do inconsciente.
A busca destes porões pode parecer algo complexo. O caminho é tortuoso, mas a porta de entrada está sempre aberta no comportamento de todos os dias. Sempre estamos dando sinais de nossa intenção de fazer se perceber o que esconde as entranhas. Entre um dia e outro, toda uma vida se expressa de forma subliminar nos detalhes. É os nossos registros soltando bolhas que explodem na superfície sem sentido. Há uma lógica profunda nos sentimentos surrealista da mente. Como uma obra de Salvar Dali, confusa e profunda. Tem que se penetrar na intenção mais profunda para se perceber o valor da mensagem.
Por isso, não desista de buscar a sinceridade dentro de si. Ela não grita com fala objetiva. Pela profundidade e lógica pessoal, ela exige um alto conhecimento que nos faz gemer de dor e amor. Os dois sentimentos desassociados aparentemente e tão entrelaçados quando da descoberta do que realmente somos. Não se pode descobrir a intensidade do amor se não se ter a capacidade de enfrentar a dor que o constrói.
As pessoas que amamos, machucamos e somos machucados. Não pela intenção e sim pela complexa relação de se querer e esperar o que outro não pode dar. Somos humanos. Por mais que ele ame, nada pode ser feito por nós. Esta é uma obrigação de nossa própria existência e consciência. Muito do que fazemos nem sempre é resultado de nossa vontade consciente. Por isso, condenados a nós mesmos, temos a obrigação de nos conhecer e descobrir que somos fruto da dor e do amor.
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