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Em uma democracia temos a liberdade de expressar nossos interesses. Sempre dentro de uma razoabilidade. Não se pode fazer tudo o que se quer. Mesmo que se queira tudo. Manifestações, protestos, reivindicações faz parte da convivência. Há divergências de opinião, críticas, denúncias, enfim, os mais variados motivadores de expressão em uma sociedade que se fundamenta na liberdade.
A grande questão é, até onde vai o limite de nossa expressão?
Protestos buscam romper o cotidiano para chamar a atenção. Ocupar espaços públicos, como prédios, praças e rodovias. É a forma como muitos movimentos conseguem ser notados e ganham força em suas reivindicações. Devemos respeitar estas formas de expressão. Mas há limites.
Muitos dos protestos com pautas de reivindicações menores do que os bloqueios de espaços públicos que promovem devem ser repensados. Nem tudo é motivo para uma interferência na sociedade. Principalmente movimentos que levam ao prejuízo das funções sociais vitais.
Lembrando que temos o direito de manifestação, mas não o de causar a sociedade um prejuízo maior do que aquilo que se quer reivindicar. O organismo social não pode ser afetado por um flagelo irreversível. A busca pela defesa dos interesses não deve ter como risco maior o colapso das funções da sociedade.
Muitas manifestações já assolaram o país com um prejuízo imenso a nação. Até hoje, a greve dos caminhoneiros ainda gera efeitos em vários setores da economia. Tento um papel vital na vida social, o transporte de cargas e passageiros pelas rodovias é uma dependência perigosa. Acaba por distorcer a função do transporte sem considerar a necessidade vital que ele representa para a vida das demais pessoas. Neste caso, deve-se limitar o poder de reivindicação sem deixar de reconhecer a importância que os transportadores tem na vida da sociedade.
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