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Depender de quem lhe paga as contas é algo desagradável. Mulheres que dependem de seus maridos que por serem provedores ou terem a maior parte do rendimento as submetem e as ofendem. Uma lógica cruel. Ainda mais porque vem acompanhada de um ritual de submissão que se consolidou ao longo do tempo.
Da mesma forma, um colaborador, trabalhador ou como deseja falar, empregado se achar melhor, depende de seu chefe ou patrão. Está sequestrado pelo mando autoritário e agressivo, pelas ofensas do dia a dia, pela mau humor e humilhação.
Também assim é um povo que depende excessivamente do Estado. Dentro do corpo administrativo da autoridade constituída está os funcionários de carreira e os representantes públicos. Nos primeiros a tradição de estarem dentro de uma máquina que se impõe sobre a vida de todos e faz do agente público um determinante na vida das pessoas, o representante público e, em muitos casos, gestor se torna crucial para o sucesso e insucesso dos negócios.
Muitos já discutem o resultado das eleições com a vitória do candidato A ou B e suas consequências para a economia e para a sociedade. Para alguns a vida vai melhorar ou piorar se for eleitor um ou o outro. É lamentável que a escolha de um representante público seja uma ameaça tão significativa. Um país que vive do humor de outro é sequestrado por sua autoridade.
Talvez o nosso maior problema não seja quem nos governe e sim ficarmos dependentes intensamente do governo. Esta dependência é fatal e denuncia nossa desqualificação e incapacidade de construirmos nossas vidas sem o ser determinante. Nenhuma sociedade é livre se sente ameaçada por um poder que esteja acima dela. Ninguém é verdadeiramente livre se depende de um outro ser para sobreviver e agir na busca de seu interesse.
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