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Estes dias foram de choro. O atual presidente, Jair Bolsonaro tem chorado quase todos os dias. Em frente aos seus apoiadores e em eventos oficiais, depois da derrota nas eleições de outubro, o chefe da nação tem derramado lágrimas.
O futuro presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, também chorou. Foi na titulação ontem, dia 12. Discursou, relatando o que sofreu nos últimos anos e que foi redimido pelo povo brasileiro. Ele também derramou suas lágrimas.
Os dois choram sinceramente ou são lágrimas de crocodilo? Acredito que estes choros são de sinceridade. Há uma perda e um ganho que sempre leva as lágrimas. Nossa vida é uma demonstração disso. Quantas vezes nas duas situações, de ganhar e perder, já choramos.
Acredito também, que o bom estadista tem um lado de encenação. Tem choro de crocodilo por aí, na história de muitos homens públicos. A emoção é fator determinante da convergência da massa entorno de um líder. Os dois em questão, Bolsonaro e Lula, são mestres no despertar emocional de seus seguidores. Não por acaso, na liderança que eles executam há um carisma nato.
Porém, eu ainda vejo nas lágrimas sinceras a melhor medida. E não vou me esquecer da quantidade de pais e filhos que choraram pela perda ora de um, ora de outro, durante a pandemia. Do choro da fome por não ter o que dar de comer para um filho.
Me sinto mais desperto ao considerar que na história deste país, momentos de tristeza marcaram a vida de muitos, criam calos, ressentimentos, aprendizados, uma casca grossa. Para alguns, virou aprendizado e maturidade para fazer escolhas e dar certos valores a vida. Para outros, infelizmente, ficou apenas o ódio descarregado no mais próximo, nem sempre o culpado dos males. Contudo, vítima daquele que despeja o ódio multiplicado sem resolver o verdadeiro problema.
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