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Jogo do poder é mais politico que técnico

Este é um ano eleitoral. Os poderes municipais vão assistir mudanças e permanências. Muitos prefeitos estão em seu último ano de mandato, ou porque já estão vindo de uma reeleição ou porque não vão conseguir se reeleger, outros, não querem mais conduzir o poder. De uma forma ou de outra, fazer o sucessor e se manter é uma busca de quem está no poder. 

Logo, estamos em um momento em que a troca dos secretários municipais é fundamental como estratégia política. Muitos sucessores vem de dentro do corpo da administração direta. Outros, acabam por se tornar aliados importantes para fortalecer o interesse de uma reeleição. Por isso, há que ter cuidado em que fica ou sai das secretarias municipais. 

A saída de um secretário municipal, via de regra, não é declarada. Raro são os casos de ruptura anunciada. Quando acontece é campanha eleitoral de oposição que dá seu “start”. O inimigo que nasce das fileiras dos aliados. Esta é uma preocupação de muitos chefes dos executivos municipais, com quem posso ou não contar.

Em Maringá secretários municipais estão se retirando ou sendo trocados. Parte por vontade própria outros por “livre e espontânea pressão”. Difícil saber qual caso se associa ao que. Mas é compreensivo que em um ano de eleição o prefeito municipal que mais que secretários, cabos eleitorais. 

Secretários escolhidos por sua capacidade técnica tem uma carreira construída antes de serem convidados a assumir uma cadeira na administração municipal. Ela deve permanecer após a eleição. Muitos destes profissionais se preocupam em não associar o seu nome a um candidato. O que não significa ser oposição, apenas não se apoio.

Neste momento de ambiente eleitoral que se aproxima, fala mais alto o político que o técnico. A habilidade em defender uma ação do líder do executivo e de não manchar a sua popularidade. Se possível ampliá-la. São as habilidades necessárias que se quer em um ano eleitoral.

Por isso, temos que entender a troca dos secretários como algo “natural” do ambiente político. Mesmo que isso signifique um prejuízo técnico. Em Maringá, o caso da Secretaria da Cultura com a saída de Miguel Fernando. O que preocupa o próprio Conselho da Cultura. Fernando tem uma carreira e uma qualidade técnica. Mas, talvez, não tenha o comportamento político que se espera para a manutenção do poder.

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