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As coisas não estão bem para muitas pessoas. A pandemia deixou um legado, aprofundou ainda mais problemas antigos e criou novos. Entre aqueles que já nos acompanhamos pode ser dimensionado pelo desemprego, perda de renda e aumento da dependência do Estado para uma assistência social que não vai tirar em médio e longo prazo a grande maioria dos vulneráveis que estão em situação de risco.
Segundo a Economist Intelligence Unit (EIU), a renda per capita brasileira vai cair 10%, já dá para você imaginar quais terão mais perdas, a população de baixa renda. Na média mundial, segundo o mesmo levantamento, o país ficará abaixo da média mundial, 18% abaixo. A renda per capita global é de 19.550, enquanto a nossa é de 15.910.
Para se perceber o empobrecimento não é preciso ir muito longe, só olhar à sua volta. Há um aumento significativo das pessoas em condição de rua, pedintes, dependendo da solidariedade, da filantropia e da caridade. Atos de ajuda ao próximo não são ruins e sim necessários, bem vindos, mas não resolvem. Falta uma resolução de futuro. Um plano de superação de médio e longo prazo.
Por isso, a pandemia agravou velhos problemas. Eles são remediados pela miserabilidade humana que insistimos em não focar como saída de nossos principais problemas. Dar às pessoas potencial para que superem suas dificuldades gerando condições próprias para isso. O capital humano é a resposta para todos os problemas. A qualidade de cada um e de todos ao mesmo tempo de resolvermos problemas.
Pessoas em condição de risco tem que serem educadas, conscientizadas, agirem de forma lógica e racional com um sentido em suas ações. Pessoas precisam se sentir úteis e perceberem socialmente a sua utilidade. O desprezo que temos pelos seres humanos é uma questão de rejeitá-los por considerá-los problema e não solução.
Muitas instituições estão focadas em qualificar jovens que pertencem a famílias de baixa renda. Vários necessitam de acompanhamento para que não desistam diante de tanta adversidade.
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