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Aconteceu de novo. Lá está ele, o infantil inconformado com as frustrações. O agressor constante que extermina a vida de pessoas por considerar prejudicado e alimentar a lógica tola. Aquela que se resume a frase rasa de que “Se não vai ser meu não será de mais ninguém!”.
Abro o ambiente on-line em um jornal estadual e lá está a manchete: “Soldado-aluno da Polícia Militar mata ex-mulher e o advogado dele.” Mais um inconformado com o fim do relacionamento que resolve acabar com a vida da ex-companheira.
Ele, como tantas outras retóricas semelhantes, não suportava o fim da relação. Ou seja, se o outro não quer, eu querendo, está valendo. Mais, e se o outro não quiser, não será de mais ninguém.
Como também, em outros tantos casos, o assassino que depois se suicidou, já tinha agredido a ex-parceira. Já tinha ficha na polícia. Ela, a vítima, já havia pedido medida protetiva. Mas, nada impediu o tolo e infantil de exterminar quem dizia amar.
Isso não é amor, e posse. É uma criança que não tem maturidade e capacidade de enfrentar perdas. Mimados e alimentados com o autoritarismo consideram que podem tudo. Para eles, o outro não tem vontade própria. Para uma mente medíocre, só tem vida o que girar em sua órbita umbilical.
No mesmo jornal on-line estava a manchete do julgamento de um casal que tentou matar a própria filha, em 2019, por não querem ter despesas com a criação da criança. Sim, é isto mesmo.
Pode parecer absurdo, mas a lógica é medíocre. A mesma percepção rasa da realidade e a busca da saída que consideram mais fácil. Independente se seja desumana, imoral, egoísta, mesquinha, o que você quiser adjetivar de forma negativa.
Nestes dois casos, sempre há que refletir sobre o agressor. Ele não é um ser externo, ele não reside além dos muros de nossa casa, não é um estranho, está embaixo do mesmo teto muitas vezes. Nos dois casos, um parceiro soldado e pais sempre são associados a proteção, mas, nestes casos, são a principal ameaça.
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