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Precisamos aprender que não estamos sozinhos. As outras pessoas contam e podem ter opiniões diferentes e divergentes da nossa. Não somos senhores da verdade. Nossa forma de ver e compreender o mundo não é única.
Logo, o que está por de trás destes radicalismos que assistimos hoje? Se consideramos que parte destes radicais tem até um histórico escolar, frequentaram a academia, tem quem tenha graduação e pós-graduação. A questão não é a educação formal.
O que falta para estas pessoas é a educação que vem do dia a dia. Aquela cotidiana. A da família, dos amigos, do lugar onde vive. Dos ambientes que frequenta e da falta de convívio com a diversidade. Raramente se permite relacionar com as diferenças.
Carrega-se preconceito impregnado pelo não convívio. A falta de experiência com o que não é semelhante predispõe a negação do que não se conhece. Uma experiência ruim se faz regra e as associações pobres são lógicas que se tem como uma verdade absoluta.
O país sofre de ignorância crônica. O preço desta incapacidade é pago por todos. Ser desconhecido é ignorado vem muito de rotulado. A realidade de inúmeros brasileiros que vivem na miséria está diretamente ligado a ignorância. O mundo dos esquecidos é o mesmo da ignorância generalizadora e das pessoas que amam viver com os iguais.
Precisamos conviver e aprender a conhecer com quem convivemos. Saber de quem são e como vivem os que não representam o que somos e tem uma forma diferente de ver o mundo.
O aprendizado é a diferença e não a semelhança. Mudança é conhecer o diferente e não permanecer na mesma posição. Não por acaso vivemos retrocessos. Conservadorismos banais e defesas de valores sem sustentação.
Melhorar é aprimorar a forma de ser e conviver e não eliminar quem não se enquadra naquilo que consideramos o “certo”. Toda a certeza que necessita ser afirmada de forma impositora é teoria frágil ou meia verdade.
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