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Gravidez é coisa séria e não brincadeira de criança

O número de crianças vítimas de acidentes domésticos está caindo. Porém, é nítido que a maioria dos acidentes acontecem dentro de casa e poderiam ser evitados pelos pais.

Quando falamos de acidentes domésticos com crianças de um a quatorze anos, no Brasil, temos uma demonstração da falta de planejamento familiar. Em 2017 foram 3.661 acidentes. Por mais que os números estão em queda, já que em 2001 foram 6.190, preocupa a irresponsabilidade dos pais. Os dados são da ONG Criança Segura.

37% dos atendimentos dos hospitais são ferimentos resultantes de acidentes domésticos. 90% dos acidentes com crianças ocorrem dentro de casa, a maioria de baixo dos olhos de pais e responsáveis. Lembrando que 50% das mortes de crianças ocorre dentro do ambiente familiar. A falta de cuidados está no centro dos acidentes com crianças.

Será que estes números estão relacionados a outro também preocupante? 55% das mulheres que tiveram ou estão esperando filhos no Brasil não planejaram a gravidez. O levantamento feito com mais de 24 mil mulheres é da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz denuncia que a gravidez é uma condição, em sua maioria, do acaso, irresponsabilidade, falta de cuidado, não planejamento. 

Tolice dizer que uma vida sexual ativa tem relação com a gravidez. A falta de responsabilidade ou o imediatismo sim. O controle sobre o próprio corpo é fundamental. Romper com o falso moralismo ou com a prática de esconder por de trás dos atos de desejo a retórica da santidade hipócrita.

Não estou generalizando porque há casos de problemas com tratamentos, falta de eficiência em medicamentos, que podem levar a uma gestação não planejada. Mas estes fatores não são responsáveis pela maioria dos casos. 

O problema é que após a gestação muitos não querem assumir a vida que geraram. Fazem o discurso da maternidade, fantasiam a relação entre pais e filhos, porém, na prática, muitos dos que geraram uma vida querem viver como se nunca tivessem gerado. Desejam brincar de boneca, de papai e mamãe e não assumir a responsabilidade e consequências pelo ato de sua autoria.

É neste ambiente que entra o discurso do amor materno e paterno. Que amor é esse? Se não queremos ter filhos temos todas as condições para evitá-los. Podemos ter a vida que quisermos sexualmente sem que isso leve a gerar uma vida. 

Tola é a afirmação de que se vive de amor. A gravidez indesejada é um desafio que se não for encarado frente a frente com seriedade pode levar a acidentes domésticos resultados de desprezo. Um fato está ligado ao o outro. 

Ter um filho muda a vida de quem o gerou. Isto tem que estar ciente e consciente para os envolvidos. Caso não ocorra antes de gerar, continuaremos tendo gestações não planejadas e acidentes domésticos fruto de descuido e descaso. Não há amor ao próximo nestes casos. 

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