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O número de crianças vítimas de acidentes domésticos está caindo. Porém, é nítido que a maioria dos acidentes acontecem dentro de casa e poderiam ser evitados pelos pais.
37% dos atendimentos dos hospitais são ferimentos resultantes de acidentes domésticos. 90% dos acidentes com crianças ocorrem dentro de casa, a maioria de baixo dos olhos de pais e responsáveis. Lembrando que 50% das mortes de crianças ocorre dentro do ambiente familiar. A falta de cuidados está no centro dos acidentes com crianças.
Será que estes números estão relacionados a outro também preocupante? 55% das mulheres que tiveram ou estão esperando filhos no Brasil não planejaram a gravidez. O levantamento feito com mais de 24 mil mulheres é da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz denuncia que a gravidez é uma condição, em sua maioria, do acaso, irresponsabilidade, falta de cuidado, não planejamento.
Tolice dizer que uma vida sexual ativa tem relação com a gravidez. A falta de responsabilidade ou o imediatismo sim. O controle sobre o próprio corpo é fundamental. Romper com o falso moralismo ou com a prática de esconder por de trás dos atos de desejo a retórica da santidade hipócrita.
Não estou generalizando porque há casos de problemas com tratamentos, falta de eficiência em medicamentos, que podem levar a uma gestação não planejada. Mas estes fatores não são responsáveis pela maioria dos casos.
O problema é que após a gestação muitos não querem assumir a vida que geraram. Fazem o discurso da maternidade, fantasiam a relação entre pais e filhos, porém, na prática, muitos dos que geraram uma vida querem viver como se nunca tivessem gerado. Desejam brincar de boneca, de papai e mamãe e não assumir a responsabilidade e consequências pelo ato de sua autoria.
É neste ambiente que entra o discurso do amor materno e paterno. Que amor é esse? Se não queremos ter filhos temos todas as condições para evitá-los. Podemos ter a vida que quisermos sexualmente sem que isso leve a gerar uma vida.
Tola é a afirmação de que se vive de amor. A gravidez indesejada é um desafio que se não for encarado frente a frente com seriedade pode levar a acidentes domésticos resultados de desprezo. Um fato está ligado ao o outro.
Ter um filho muda a vida de quem o gerou. Isto tem que estar ciente e consciente para os envolvidos. Caso não ocorra antes de gerar, continuaremos tendo gestações não planejadas e acidentes domésticos fruto de descuido e descaso. Não há amor ao próximo nestes casos.
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