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Estamos com dois grupos de formandos indignados por não terem tido a festa de formatura que pagaram. Os dois são formandos de medicina e a grana envolvida é em torno de R$ 3 milhões de reais. Sem dúvida, grana para um festão. Um dos casos em São Paulo e o outro em Maringa.
Esperamos que tudo se resolva e que os formandos realizem sua festa para comemorar o fim do curso. Afinal, é árduo a busca do final.
Contudo, considero engraçado que uma das primeiras coisas que os alunos organizam quando ainda estão no primeiro semestre do curso é a Comissão de Formatura. Sou professor universitário e durante muitos anos dei aula para os chamados “calouros”. Eles sempre se preparavam para o fim estando no começo.
Como se deseja terminar o que nem se começou. A vida parece sempre mais feliz no dia seguinte, ainda mais naquilo que se considera sacrifício, a formação acadêmica. O curso superior, o estudar é a dor que se celebra o fim para um novo recomeço, na busca de um novo fim.
Deveríamos ter mais prazer na caminhada do que na celebração do seu fim. Afinal, o sentido de viver é o caminho que se traça e não os pontos de partida ou chegada. Podemos até nos decepcionar quando pagamos uma festa de formatura por anos e não a temos. Isto é justo. Mais injusto será não ter alguém formado a altura para que a sociedade comemore a qualidade do profissional. Esta frustração não tem dinheiro que pague.
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