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Felicidade em conta gotas

A vida é contraditória, necessita ser assim. Os lados que se contradizem em uma experiência nos conduzem a relação de valor que os lados expressam e complementam. Mas o que quero dizer? No fundo, é que não é anormal conviver com momentos de felicidade e tristeza. Que na prática, há os dois elementos em cada parcela de nossas escolhas.

Hoje se busca intensamente a felicidade, como se ela fosse possível de ser constante. A existência nos permite percebemos a alegria quando a encontramos em meio a sua ausência. O vazio existe para ser preenchido. Se não houvesse a lacuna, qual seria a dimensão de tudo? A dor se percebe na proporção que a alegria é roubada.

Quem se acostuma ao sentimento aparentemente constante da satisfação, tente a banalizar a felicidade e a morrer diante da menor frustração que se apresente. Estamos, na atualidade, diante da fantasia possível da felicidade absoluta. Da sensação tola de que é possível prender a excitação. Este deve ser o fator para que as drogas alucinógenas sejam consumidas com tanta intensidade.

Se esquece o sabor de viver por não ser dimensão de que o tempero da vida é o amargo e o doce. O paladar maduro sente prazer no gosto e distingue nos temperos o bom alimento. Se for preciso preparar a vida, a experiência do paladar saberá guiar as mãos na dose exata da receita de viver.

Considero fundamental saber experimentar desta vida todos os seus sabores. Educar o paladar. Se alimentar da experiência e ter gosto por viver. Nos nutrimos de sentimentos elaborados com as mais diversas relações e condições que a vida nos dá. Amadurecemos como uma fruta, algumas doce, outras não, ainda há aquelas que jamais serão provadas e morrem no pé sem que seu gosto seja sentido.

Não devemos nos esconder do banquete que a vida nos dá. Saber viver e aprender as emoções de amores e desamores, do doce e do amargo, da alegria e tristeza, da maravilhosa existência que nos prepara sempre para um dia a mais.

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