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Feijão, arroz e educação

Sempre defendemos a ideia de uma educação que atinja todos os brasileiros. Que permita que cada um de nós tenhamos acesso a formação básica e a possibilidade de uma qualificação profissional. O ensino superior como possibilidade universal. Entre a retórica e a as condições práticas da educação há um abismo que poucos param para analisar. Ele é fundo e largo.

Podemos começar pelo ensino fundamental público que tem melhorado em algumas regiões do país e continua distante do ideal. A alfabetização e as primeiras noções de lógica tendo a matemática como matéria chave são fundamentais. Definem o destino de muitas crianças. Nossos índices em provas de avaliação de matemática e português são desastrosos. Como podemos acreditar em um futuro na vida educacional se já começamos mal.

O ensino médio tem assistido ano a ano um número grande de alunos desistentes. Entre os jovens de 19 anos, 4 em cada 10 abandonaram esta fase escolar. Entre eles, 62% não frequentam mais a escola e 55% pararam de estudar ainda no ensino fundamental. Estes dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC).

Os que entram para o ensino superior são uma elite. Mesmo assim, nem sempre em condições ideais para cursar uma formação universitária. Não por acaso, muitas instituições de ensino superior (IES) tem cursos de “nivelamento” na busca de manter os alunos com a mínima condição possível de frequentar um banco universitário. A precariedade se desdobra no ensino continuado.

Por isso, alunos que cursam uma pós-graduação e levam em frente uma pesquisa são raros. A grande maioria terá dificuldade de ingressar no mercado de trabalho, mesmo com diploma. O nível de qualificação dos jovens brasileiros e baixo. O que determina uma perspectiva pobre no mercado de trabalho.

Por que isso acontece?

Temos que entender que a história da educação brasileira denuncia nossos hábitos e escolhas. A educação não entrou em nossas vidas como uma necessidade de superação. Ela sempre foi considerada alg0 distante da necessidade de sobrevivência. Crescemos sem livros, logo, sem leituras. Não aprendemos a admirar escritos. Não lemos poesias. Raros foram os país ou responsáveis que leram histórias para as crianças dormirem.

Ficamos distantes do convívio com o saber. Nos apegamos a generalização. Gostamos do costumeiro que nos trouxe hábitos de negação da ciência como forma de explicação da realidade. Temos uma formação mística e mistificamos os fatos. Nossa fé perturba nossa razão. Infelizmente a escola não é construída por decretos, ela tem que entrar na vida das pessoas com um sentido. Assim, permanecer na sala de aula e além dela para construir uma vida com a educação é uma convivência e não uma imposição.

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