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O nacionalismo se tornou retórica comum. A defesa da pátria e dos interesses dos brasileiros ganha a boca de muitos que desejam chegar ao poder. A união da nação, todos por uma causa e um país para todos são chavões que daqui para frente serão ecoados aos quatro cantos pelos candidatos. Promessas e sonhos.
A busca pelo eleitor é um ritual de venda de ilusões. A prática deveria falar mais alto. A experiência vivida e a consciência do que já passamos devem ser a medida para a tomada de nossas decisões. Deve, mas não é. Nos acostumamos. Isso mesmo, a tal da força do hábito. Quem nunca ouviu a frase: Isso nunca vai mudar?
Ironicamente, muitos candidatos irão falar em mudança. Acabar com os problemas crônicos com um só golpe. Tudo se resolve em uma escolha. Porém, vale a pergunta, quantas escolhas você já fez na vida? O problema nunca foram nossas escolhas, mas o critério que usamos para escolher.
Logo, o patriotismo de fachada, o discurso do amor a pátria e um país para todos os brasileiros empolga e não convence. Se queremos mudar e fazer do estado um instrumento de representação, é melhor mudar os critérios de nossas escolhas e não esquecer do que já vivemos.
Se queremos mesmo conhecer nossos problemas para resolvê-los, temos que rever a forma como explicamos a nossa trajetória enquanto nação até chegar aonde estamos. E, ao fazemos isso, podemos descobrir um país bem diferente deste exaltado pelos nacionalistas de fachada. Este país que nos vendem é fruto de uma demagogia e não uma descrição real.
Logo, se é necessário mudar, é bom começar de forma correta. O primeiro passo é saber quem somos, entender do que precisamos e escolher mudar o caminho que desejamos traçar.
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