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Todos consideramos que seres humanos que tiveram experiências tendem a ter maturidade. Passar por certas experiências na vida devem trazer mais responsabilidade. Não funciona bem assim. Para muitas pessoas, a idade e as experiências vividas se traduzem em uma revisão, reflexão e compreensão diferente do significado das coisas e das pessoas. Contudo, há as exceções. E é sobre elas que gostaria de falar.
Nestes tempos de pandemia, depois de quatro meses enfrentando números crescentes de contaminados e mortos, tendo notícia de pessoas cada vez mais próximas que sofreram com a Covid-19, percebendo as consequências das atitudes governamentais, temendo o prolongamento das restrições para a sociedade e a economia, a maturidade viria. Mas não vem.
Há uma parcela da sociedade que se nega a agir de forma madura, assumir a sua parte no comportamento adequado. Como crianças vivendo a primeira idade, parecem estar no centro de um mundo que gira em torno de si e de suas vontades. Para outros, não consideram que há relevância na vida alheia. Os ensimesmados não são poucos. Às vezes se reúnem para fazerem festas, nos bares, aglomeram e se contaminam. Levam em regra alguém junto, aqueles que são obrigados a conviver com um ser que é o centro do universo.
Eles, os chamados de egoístas, individualistas, egocêntricos, enfim, use o nome que quiser, sempre estiveram por aí. Agora, como muito dos nossos problemas, eles ficam mais visíveis, causam mais estragos em tempos de crise. Claro que para entendê-los poderíamos entrar em suas particularidades. Sempre há um trauma na vida que explica o comportamento abobalhado do “pequeno sol que acredita que o universo gira em torno de si”. Todo o imbecil tem sempre uma desculpa. Mas não quero me dar a este trabalho aqui.
Precisamos da maturidade. Ela não é tão comum como imaginamos. Temo quando consideramos que a maioria das pessoas vão entender o problema e devem agir de forma responsável diante dele. Não podemos contar com isso sempre. Temos que colocar diante de nossos planos a possibilidade do adulto infantil.
Por isso, a maturidade é necessária e o madura fundamental. Este perfil de quem compreende e cresce com as experiências da vida. Amplia sua forma de compreender os problemas diante das experiências que teve, devem sempre ser a referência, um critério para a liderança.
Não podemos esquecer que há um número considerável de pessoas que vivem à margem da condição social, mesmo estando dentro dela e dependendo desta condição para viver. Estes seres não estão preocupados com o amanhã, com as consequências de seus atos. São o que denominamos de seres “jogados à própria sorte”.
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