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Ninguém toma uma atitude assertiva sem ter informação. Esse papo de “senso comum” enche o saco.
Quando vamos discutir temas relevantes a sociedade, saber do que se está falando é fundamental. Hoje, as pessoas abandonam a estatística, os fatos observados, investigados e fundamentados, preferem o “achômetro”.
O Brasil pena com a desinformação. E fique surpreso, os Estados acabam sendo grandes responsáveis por isso.
O Distrito Federal e 18 estados não forneceram os dados sobre a violência contra a mulher que são um direito do cidadão pela Leia de Acesso a Informação (LAI).
Os dados fazem parte do mapeamento do Observatório da Mulher Contra a Violência, do Senado Federal e também da empresa social Gênero Humano e do Instituto Avon.
Fora isso, interessa muito a população ter uma dimensão o mais precisa possível sobre o tema. Condição fundamental para se fazer uma política integrada, respaldada por medidas do Congresso Nacional e do Poder Executivo.
Sem dados não há ação.
Entre os estados que entregaram os dados parcialmente está o Paraná. Contudo, a Agência Brasil, que fez a denúncia, não houve resposta dos Estados sobre a falha na informação ou a negativo no envio dos dados.
Se queremos resolver as questões que envolvem o país, temos que ter um levantamento preciso de informações. Os números do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são fundamentais.
Há vezes, me parece, que as pessoas têm medo da verdade. Governos temem a exposição de dados. Há um comportamento combinado e de convergência para que números de violência não venham à tona. E quanto eles vêm, são distorcidos.
Por exemplo, percebe-se isso nas empresas. Um local pequeno, onde a condição da mulher está exposta diariamente com seus colegas de trabalho. Veja que incrível, há uma resistência no levantamento de dados sobre as condições destas mulheres na vida pessoal e profissional.
Não se pode esquecer o quanto a violência interfere na carreira e no desempenho das profissionais.
Mas, se tem medo da verdade. A pergunta é, POR QUÊ?
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