Comentários
2 min
Hoje morreu o ensaísta alemão Hans Magnus Enzensberger. Um dos mais brilhantes pensadores do Século XX e início deste Século. Um brilhante defensor da paz mundial e um crítico dos excessos dos regimes totalitários.
Sua obra é uma análise fantástica dos como determinados períodos da história foram marcados pelos ambientes sociais de uma geopolítica internacional e o quanto o que nos ocorre regionalmente é uma expressão do que o mundo proporciona. Nada é igual em lugar algum, mas o mundo está interligado e recebe influências de todos os lugares, muito ou pouco.
O pensador alemão deixou com uma de suas últimas obras o livro “Tumulto”, o qual estou me debruçando nos próximos dias. Quero entender sua memória ao resgatar sua vivência nas décadas de 1960 e 1970. O que ele refletiu sobre os fatos marcantes de uma era de utopias e desilusões com as ideologias que se propunham a ser resposta.
Uma das coisas que me encanta nesta obra e que desejo conferir, o que sempre fez parte da personalidade de Enzensberger, é que os grandes intelectuais e personagens da história eram em sua intimidade e na relação humana seres imperfeitos. Alguns com defeitos gritantes e contraditórios ao que criticavam ou defendiam e suas obras.
O ser humano é uma contradição. Temos que aprender a entender que a obra de um grande pensador, um artista, um homem público, nem sempre reflete com integridade a sua personalidade humana. A sua vida cotidiana. Não é um desmerecimento a pessoa, apenas o limite de ser humano.
Claro que o legado de Enzensberger não se vai com ele. Fica como uma reflexão eterna de seu tempo e de uma mente brilhante. O que se lamenta é não ter mais sua inteligência reflexiva a serviço dos acontecimentos que virão e que caberá a todos que o admiravam refletir a partir de suas obras.
Para ver o vídeo sobre o tema, clique aqui.
Comentários
2 min
Comentários
2 min