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Diante dos dilemas sobre a liberdade que estamos vivendo duas imagens vem a mente:
De um lado as regras rígidas dos mosteiros onde os monges se submetem cotidianamente as normas e as seguem sem contestar. Incorporam que o cumprimento do dever os eleva para um bem maior, além desta existência terrena e suas seduções aparentes, mas pecaminosas em grande parte.
Do outro está a imagem do “velho oeste”, da vida de aventura e liberdade dos cowboys em que a lei se obedece na capacidade que se tem de enfrentá-la. Muitas vezes é a lei da “bala”. Um homem sem uma arma é um verme, acredito que esta frase é de algum filme do tema que assisti. Da mesma forma que a vida não é para os fracos, é terra, o velho oeste, onde não se vive muito.
Estes dois extremos são a simbologia da segurança e ordem em relação a liberdade e realização pessoal. O que quero se confronta com o que os outros querem, se delegar ao estado o direito de reger nossas vidas e fomos plenamente submisso a elas, vamos ter uma frustração pessoal e nossa felicidade, desejos e satisfações serão reduzidos. O todo está acima da parte. E quando a parte não concorda com o todo?
O incrível de tudo isso é que a democracia é o equilíbrio imperfeito destes dois pólos. Não se pode privar as pessoas de manifestarem e buscarem seus interesses. Porém, não se pode colocar em risco a própria ordem que garante a expressão dos desejos e o convívio em coletividade. Eu preciso do outro, isto é fato, mas não posso e nem devo me submeter a ninguém a não ser por acordo e manutenção da ordem comum.
“Viver em um mosteiro armado” não é uma condição fácil. Mas devemos sempre ter claro que o extremo a obediência nos gera uma infelicidade insuportável e a realização plena de todos os nossos desejos um conflito irremediável. Logo, não há satisfação plena e nem ordem perfeita que dure. No demais, a vida segue. Todos querendo segurança absoluta e a liberdade plena. O inconciliável que nos governa e gera desgoverno.
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